O intrépido Hildon Chaves
Se conseguir inaugurar de fato a nova rodoviária de Porto Velho nesta segunda-feira, 30, o prefeito Hildon Chaves (PSDB), encerrará o mandato com chave de ouro e será imbatível ao governo de Rondônia em 2026. Se…porque vai depender ainda do laudo dos Bombeiros e do aval do CREA-RO. O decreto de inauguração já foi até publicado no diário oficial do município.
Decreto
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO, usando da atribuição que lhe é conferida no art. 87, inciso IV da Lei Orgânica do Município de Porto Velho, decreta: Art. 1º Fica estabelecida a data de 30 de dezembro de 2024 para a inauguração do Terminal Rodoviário de Porto Velho, localizado na Av. Governador Jorge Teixeira, nº 1296, bairro Embratel. Art. 2º A partir da data citada, as atividades de transporte rodoviário de passageiros deverão ser transferidas da estrutura localizada no imóvel provisório identificado como “Feira Livre do Bairro Cai N’Água”, para o novo terminal rodoviário. Art. 3º As empresas de transporte rodoviário deverão iniciar suas operações na nova rodoviária a partir da data mencionada neste decreto.
Permissionários
É claro que a nova rodoviária é um novo patamar em se tratando de prestação de serviços. O lugar é um shopping onde lojas serão instalados com certo diferencial. Não é mais aquela velha rodoviária suja e mal apresentada. Os novos lojistas que ocuparão os boxes terão que seguir o fluxo.
Lista fake
Guardada a sete chaves, a lista completa do secretariado do prefeito Léo Moraes (Podemos), só será conhecida na posse do mesmo, ou seja, no dia 1 de janeiro de 2025 à tarde. Circulou nas redes sociais uma lista esdrúxula, contendo nomes de familiares do prefeito, o que ele refutou veementemente. “O prefeito Léo Moraes convida toda a população para a posse no dia 1º de janeiro, às 16h, na EFMM, e anuncia que o secretariado será divulgado apenas no dia da posse, esclarecendo que as listas de nomes que circulam são fake news”, postou a assessoria.
Ministros diferenciados
Marcelo Cosme (Globo News) diz que Flávio Dino está para as emendas no STF, assim com Alexandre de Moraes está para a tentativa de golpe de Estado. “São dois ministros muito diferentes, mas são carnes de pescoço ao seu próprio estilo”, comenta Natuza Nery.
Contexto
No Globo News deste sábado, Marcelo Cosme e Natuza Nery debateram sobre as emendas parlamentares, que vem sendo tema de discussão frequente entre governo, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). Após a Câmara dos Deputados responder às questões enviadas pelo ministro Flávio Dino, o apresentador comparou o ex-ministro da Justiça a Alexandre de Moraes, colega de Corte que é relator do inquérito do golpe de Estado no Supremo: “Sabe o Alexandre de Moraes da tentativa de golpe? O Flávio Dino é das emendas. Ele vai olhar friamente o que está lá. Não tem acordo, não tem choro. Está certo, vai ser certo”. Natuza Nery concordou plenamente com a afirmação e completou: “Flávio Dino está para as emendas, portanto para o dinheiro público, o que Alexandre de Moraes está para a tentativa de golpe de Estado. São dois ministros muito diferentes, mas são carnes de pescoço ao seu próprio estilo. Ele não foge de briga, assim como Alexandre de Moraes também não”.
Contexto 2
Ministro Flávio Dino está revelando o maior esquema de corrupção na história da Câmara dos Deputados. Nunca antes alguém ousou levantar essa história das emendas parlamentares de valores vultuosos. Parece agora a coisa vai vir a tona. Arthur Lira tem, como sempre, tentado colocar panos quentes e evitar perder alguns milhões. Ele também joga como pode para prejudicar o governo. Arthur Lira só pensa nele mesmo e em seus comparsas. Só não vê quem não quer ou é igual. Mas, agora encontraram Flávio Dino pela frente. Dá-lhe, Dino!
Perderam, Manés
Poucos brasileiros sabem dizer como funcionam as facções e os mecanismos das emendas parlamentares. Mas sabem que as emendas mobilizam políticos articulados com organizações criminosas paroquiais. Muitos já sabem, na Polícia Federal, no Ministério Público e dentro do Congresso, que essa talvez seja a maior estrutura do crime organizado já montada a partir de deliberações de políticos.
Perderam, Manés 2
Os poucos que sabem como funcionam essas estruturas são das áreas de investigação ou estão dentro das próprias engrenagens ou delas se beneficiam. Nem o ministro Flavio Dino, que foi deputado federal, tem clareza de como a coisa foi acionada no mais recente movimento que liberou R$ 4,2 bilhões na Câmara. Tanto que pediu e a PF vai investigar como destinaram dinheiro das tais emendas em comissão em meio à votação do pacote de cortes do governo.
Perderam, Manés 3
Agora leia o seguinte e tente entender como funciona. As emendas em comissão são indicadas por colegiados temáticos no Congresso, tanto da Câmara, quanto do Senado. Esse formato ludibria a proibição pelo STF das emendas de relator. Entenderam? Não tem como entender. Dino exige que, para que se cumpram as regras de transparência e rastreabilidade, o Congresso informe a origem da indicação da emenda (por qual parlamentar) e o destino dos recursos (onde e como serão aplicados).
Perderam, Manés 4
As emendas da turma de Lira não aparecem em nenhuma contabilidade que possa ser auditada. Porque formalmente não existem ou são escondidas ou camufladas. Traficantes de drogas registram suas movimentações e suas relações com o poder. Tarcísio de Freitas, Ricardo Nunes e seus altos assessores sabem bem. O pessoal de Arthur Lira precisa ensinar essa gente a ser mais mafiosa e menos transparente. (Por Moisés Mendes)
Lula sob ataque
Assim como ocorreu em junho de 2013, o Brasil está novamente sob ataque. O sintoma mais visível da nova guerra contra o País é o ataque especulativo contra o real, que parece estar sendo comandado pelos grandes fundos financeiros internacionais. O objetivo claro deste ataque é desestabilizar o governo do presidente Lula, que fecha o ano de 2024 com excelentes números econômicos: o menor desemprego da série histórica e um crescimento do PIB que deve se aproximar de 4%. Mas é exatamente por estar indo bem que Lula entrou na mira dos golpistas de sempre – os daqui e os de fora.
Lula sob ataque 2
tese é de que Lula não pode chegar forte demais em 2026. Na pior das hipóteses, para os golpistas, é claro, ele precisa necessitar da frente ampla para se eleger. Na melhor das hipóteses, para este mesmo grupo, o ideal é que ele não dispute a reeleição e o PT seja derrotado, abrindo espaço para a volta do projeto da extrema-direita, que hoje conta com três forças principais: a família Bolsonaro, o governador Tarcísio de Freitas e o ex-coach Pablo Marçal, que, até agora, não perdeu seus direitos políticos e aparentemente não os perderá. O ataque contra o real, no entanto, não é o único sintoma da guerra contra o Brasil. Um exemplo recente é a fake news disparada pela Folha de S. Paulo sobre o inexistente “rombo das estatais”. Uma mentira que foi compartilhada pela Globo, pela família Bolsonaro e pelas redes da extrema-direita.
Empresas estatais
O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) criticou duramente, neste sábado (28), uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S. Paulo sobre a suposta deterioração das contas das empresas estatais no governo Lula. Segundo o parlamentar, a matéria utiliza “malabarismo narrativo” para divulgar inverdades e desconsidera o desempenho positivo das estatais federais.
Empresas estatais 2
No Twitter, Lindbergh destacou que, ao afirmar que existe um “rombo nas contas das empresas”, a Folha ignorou critérios fundamentais para a avaliação das estatais. Ele ressaltou que, como explicado pela ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, o balanço das empresas deve ser analisado levando em conta tanto déficits quanto superávits. De acordo com dados recentes, 44 estatais federais geraram um lucro líquido de R$ 197,9 bilhões em 2023, além de recolherem R$ 49,4 bilhões em dividendos e Juros sobre o Capital Próprio para o Tesouro Nacional, e outros R$ 78,7 bilhões para acionistas privados.
Breakfast
Não ia ter coluna hoje, domingo, mas a notícia não dá folga. Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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