Calça apertada
Repercutiu demasiadamente a entrevista que o ex-chefe da Casa Civil de Rondônia, Júnior Gonçalves concedeu ao podcast Resenha Política pilotado por Robson de Oliveira. A pauta principal, claro, foi a circunstância da exoneração dele do cargo. Segundo ele próprio, não foi pacífica, chegando até a contenda com PMs que faziam a segurança do Palácio Rio Madeira. Simplesmente ele fora impedido de entrar no órgão que um dia antes comandava. Foi necessário chamar o vice-governador Sérgio Gonçalves, irmão, para que ele pudesse entrar na Casa Civil, pegar seus pertences pessoais e se despedir.
Calça apertada 2
A entrevista foi de emoções à gargalhadas. O tom sério se misturou a momentos descontraídos quando o assunto foi sexualidade. Casado e pai de um casal de filhos, Júnior Gonçalves tratou com bom humor o fato de usar calças apertadas.
Júnior União Brasil
O ex-chefe da Casa Civil permanece presidente do União Brasil, partido do qual o agora desafeto governador Marcos Rocha também pertence. Que, ao que tudo indica, deverá se desfiliar e assinar ficha em outro partido para poder disputar uma das duas vagas de senador da República. Em abril de 2026 o irmão de Júnior Gonçalves assume o governo. Indagado, ele disse que poderá voltar ao governo se Sérgio Gonçalves o chamar. E com a caneta na mão, JG comandaria a campanha do irmão à reeleição.
Podemos
Segundo fontes, o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) estaria de malas prontas para se mudar para o Podemos, partido do prefeito de Porto Velho, Léo Moraes, com o objetivo de disputar o governo do estado. Ou ao Senado, dependendo das circunstâncias. Ele está em alta no momento.
Abandonou
O ex-presidente Bolsonaro declarou que deve apoiar para o Senado Federal um empresário de Ji-Paraná. Desta feita ele abandona, por assim dizer, seus aliados de primeira hora como Mariana Carvalho (União Brasil), Fernando Máximo (União Brasil), Silvia Cristina(PP), Marcos Rogério (PL) e o próprio governador Marcos Rocha (União Brasil). O ungido é um controverso pecuarista, que ficou conhecido como arrecadador de fundos prá campanha de Bolsonaro. Cheio de BO, não deve se eleger. Ainda mais agora, com a atual situação do ex-presidente.
Enfim, denunciado
Após três meses de análise, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 33 pessoas — sendo 24 militares — por organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de Direito, dano qualificado pela violência, grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. O órgão detalhou os assombrosos motivos, não restando dúvidas de que Bolsonaro queria porque queria continuar no governo, mesmo que isso custasse a vida do presidente Lula, além de Alexandre de Moraes e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Bolsonaro foi, segundo a denúncia, o autor intelectual da tentativa frustrada de golpe. Se condenado, deverá “apodrecer” na prisão, o mesmo que ele desejou à Lula quando estava preso em Curitiba.
Enfim, denunciado 2
A apresentação de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 pessoas põe fim à espera por mais um capítulo no caso da suposta trama golpista após as eleições de 2022. A denúncia de Paulo Gonet, que pode tornar o ex-presidente réu, é mais um passo na disputa judicial.
Enfim, denunciado 3
A denúncia, baseada nas investigações da Polícia Federal (PF), foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e aponta que Bolsonaro não apenas tinha conhecimento da conspiração, mas atuou diretamente como seu líder. Segundo Gonet, a organização criminosa liderada pelo ex-presidente possuía um “projeto autoritário de poder” com forte influência de setores militares.
Enfim, denunciado 4
Cabe ao STF avaliar se aceita a denúncia e transforma os 34 acusados em réus, o que deve acontecer ainda este ano. A decisão será tomada pela Primeira Turma da Corte, integrada por Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Se for aceita, o processo correrá sob a relatoria de Moraes até o julgamento. Caso seja processado e condenado, Bolsonaro pode ser sentenciado a até 43 anos de prisão. Entre os denunciados também estão os ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Anderson Torres (Justiça), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada e deve obter benefícios.
Espanto?
O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu com espanto (risos) ao tomar conhecimento dos crimes imputados a ele, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), no chamado inquérito do golpe. O procurador-geral, Paulo Gonet, denunciou Bolsonaro por golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa armada. Procurador-geral da República, Paulo Gonet considerou que o ex-presidente seria o líder de uma organização criminosa que atuou para planejar um golpe de Estado. O objetivo seria manter Bolsonaro no poder mesmo após derrota para Lula nas eleições de 2022.
Sem anistia
A robusta denúncia põe por terra a possibilidade de anistia. Muito menos o fim da Ficha Limpa. Doravante, Bolsonaro passa a ser um trambolho da política brasileira. Seu nome já não representará nenhuma influência nas eleições de 2026. Usar o nome de Bolsonaro será sinônimo de psicopatia. Só um louco quer estar perto de Bolsonaro.
Burrice?
Na opinião da coluna, essa intentona golpista beirou a loucura e a imbecilidade. O que passou pela cabeça de Bolsonaro e seus seguidores, achar que essa ação fosse dar certo? Burrice? É pouco! Foi uma alucinação, uma loucura coletiva. Supondo que tivesse dado certo, hoje estaríamos, sem dúvida alguma, numa ditadura de terceira categoria. Nem Nicolas Maduro teria tido essa coragem.
Pesquisas
Doravante qualquer pesquisa que inclua o nome de Bolsonaro está fadada a descredibilidade. As que virão sem o nome do nefasto, dará um real retrato das eleições de 2026.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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