Saúde naufragando
Há muito que a saúde de Rondônia está na UTI. Agora, muito pior, está naufragando, literalmente falando. Nesse sentido o senador Confúcio Moura (MDB) usou as redes sociais para expressar sua indignação com o naufrágio do Barco Hospital Walter Bártolo, no município de Guajará-Mirim. A embarcação foi construída durante a gestão dele e era referência no atendimento de saúde às comunidades ribeirinhas das bacias dos rios Mamoré e Guaporé.
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“Recebi com profunda tristeza a notícia do naufrágio do Barco Hospital Walter Bártolo, que foi construído na minha gestão como governador. Uma perda irreparável para as comunidades ribeirinhas, que dependiam desse atendimento essencial em saúde, odontologia e pequenas cirurgias”, declarou Confúcio.
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Farra da licença-prêmio na SESAU. Enquanto servidores efetivos esperam há meses — muitos em situação de doença —, membros da alta cúpula da SESAU receberam valores exorbitantes em licença-prêmio, com pagamento relâmpago. Tudo isso acontece durante o contingenciamento de despesas imposto pelo próprio Governo de Rondônia, que alegou falta de recursos para suspender pagamentos à maioria dos servidores. Entre os beneficiados, Jefferson Rocha (secretário) R$ 97 mil, Élcio Barony (adjunto) R$ 118 mil e Michelle Dahiane (secretária executiva) R$ 85 mil, sendo que, ela própria autorizou o próprio pagamento.
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Os valores foram calculados com base em supersalários comissionados, e não nos vencimentos reais dos cargos efetivos. Todos furaram a fila, violando regras de prioridade, moralidade e isonomia. O caso escancara favorecimento interno, conflito de interesse e o uso desigual do dinheiro público. Todas informações podem ser consultadas no portal da transparência.
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Eleições 2026
RESEX Jaci-Paraná
Em um ato de flagrante desrespeito ao meio ambiente, à Constituição Federal e ao futuro das próximas gerações, a Assembleia Legislativa de Rondônia aprovou, e o governo estadual não teve a coragem de vetar, a Lei Complementar nº 1.274/2025, publicada na semana passada. Com uma roupagem enganosamente técnica de “regularização ambiental diferenciada”, esconde-se o que pode ser o maior crime ambiental institucionalizado da história recente do estado: a entrega da Reserva Extrativista Jaci-Paraná a grileiros e desmatadores. A RESEX Jaci-Paraná, com seus quase 200 mil hectares de floresta amazônica, abriga riqueza incalculável em biodiversidade e proporciona serviços ambientais essenciais para o equilíbrio ecológico da região. Criada em 1996, tem sido alvo constante de invasões e desmatamento ilegal, situação que agora, por obra do cinismo legislativo, pretende-se “resolver” legalizando o crime. As informações são de Edjales Benicio, ex-secretário de Meio Ambiente de Porto Velho e gestor ambiental.
“Tiktoker” de Sorocaba
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou com uma ação civil pública contra o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e outros agentes públicos, solicitando o bloqueio de bens e a suspensão imediata de pagamentos referentes a um contrato de R$ 2,27 milhões firmado com a Faculdade de Direito de Sorocaba (Fadi). A ação também pede a anulação do contrato, o ressarcimento aos cofres públicos e a condenação por improbidade administrativa.
Impressionante
Até agora a coluna não viu nenhuma indignação por parte de bolsonaristas acerca da soltura do ex-presidente Fernando Collor de Mello (PL-AL), condenado a oito anos de prisão. Nenhum protesto. Collor vai cumprir prisão domiciliar numa cobertura de 600 metros quadrados, avaliada em R$ 9 milhões, localizada em um prédio de seis andares de frente para o mar na praia de Ponta Verde, área nobre da orla de Maceió. Collor foi condenado no âmbito da Lava Jato, criada para atingir Lula, mas acertou em cheio políticos de direita como o ex-presidente.A informação foi publicada nesta quinta-feira (2) em reportagem do jornal O Globo.
CPI do INSS
A coluna é total e favoravelmente à CPI do INSS, doa a quem doer. Roubar dinheiro de aposentado deveria ser crime hediondo. Iniciado no governo Bolsonaro, o roubo foi descoberto em 2023 no governo Lula. Como a proposta da CPI partiu de parlamentar de direita, com certeza será direcionada a condenar o governo Lula, sendo totalmente parcial. De qualquer forma, a coluna torce para que ela seja efetivada.
CPI do INSS 2
Fraude no INSS, o elo com governo Bolsonaro e as supostas propinas a Ciro Nogueira e Ricardo Barros. Apontado pela PF como sócio oculto de três organizações investigadas em esquema com crédito consignado, o empresário Maurício Camisotti tem longa relação com o PP, de Ciro Nogueira, e se envolveu nas vendas da Covaxin ao governo Bolsonaro.
Pivô das investigações sobre fraudes no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e alvo da Operação Sem Desconto, desencadeada pela Polícia Federal (PF), o empresário Maurício Camisotti, dono do Grupo Total Health, tem um longo histórico de relações obscuras nos bastidores da política em Brasília. Dono de empresas na área de seguros e de saúde, Camisotti teria usado laranjas para controlar e a Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), a União dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Unasbras) e o Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas (Cebap), três das organizações investigadas no esquema.
CPI do INSS 3
Segundo a Polícia Federal, as três organizações tinham como diretores estatutários funcionários e parentes de executivos do grupo de empresas de Camisotti e pagaram à quatro empresas do grupo Total Health um montante de R$ 43 milhões, segundo documentos obtidos por quebras de sigilo. Entre as empresas estão a Prevident e a Rede Mais, do ramo de saúde, e a Benfix, uma corretora de seguros em nome do próprio empresário. A Prevident, por exemplo, é dirigida por José Hermicesar Brilhante Palmeira, que foi secretário-geral estatutário da Ambec. A empresa recebeu R$ 16,3 milhões da Ambec.
1º de Maio histórico
No 1º de Maio, Dia Internacional das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, houve muito o que ser comemorado pela classe trabalhadora brasileira. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seu terceiro mandato, em pouco mais de dois anos reverteu os retrocessos implementados pelo governo anterior, resgatando conquistas e políticas públicas em defesa dos trabalhadores. Um dos principais avanços foi a retomada da política de aumento real do salário mínimo, interrompida em 2016, depois do golpe contra Dilma Rousseff, e mantida pelo governo militarista Bolsonaro. É assim que, segundo dados levantados pela Fundação Getúlio Vargas, a renda dos 50% de trabalhadores mais pobres foi a que mais subiu em 2024. O estudo da FGV mostra que a renda da parcela dos trabalhadores com menores salários subiu 10,7% acima da inflação, superando a classe média, que teve aumento de 8,7% no ano passado. Os mais ricos, ou seja, quem tem maior ganho financeiro, tiveram crescimento de renda de 6,7%.
Supermercados no Brasil
A revista Exame publicou pesquisa sobre os supermercados que mais faturam em Rondônia. Uma surpresa. Os IG não figuram entre eles. A Rede Luzitana, de Cacoal, figura em primeiro com faturamento de 74 milhões. Em segundo, o Minas Paraná, de PVH, com 11 milhões de faturamento. O primeiro em nível nacional é o Carrefour, com 120 bilhões em faturamento. Pelo nono ano consecutivo, o Grupo Carrefour mantém a liderança do ranking, com um faturamento de 120,6 bilhões de reais em 2024, representando um crescimento relevante em relação ao ano anterior. Na sequência, o Assaí Atacadista ocupa o segundo lugar com 80,6 bilhões de reais em receita, enquanto o Mateus Supermercados, que domina as regiões Norte e Nordeste, alcançou 36,4 bilhões de reais, avançando uma posição no ranking em comparação a 2023. Outros grandes nomes do setor incluem o Supermercados BH, que com 21,3 bilhões de reais ocupa o quarto lugar, e o Grupo Pão de Açúcar (GPA), que está logo atrás, com 20 bilhões de reais.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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