Desembarque
Parlamentares do União e do PP se preparam para deixar os partidos diante da federação oficializada nesta semana. Alguns congressistas, sob reserva, relatam que perderiam poder diante do rearranjo de forças em seus estados, pois temem que adversários locais passem a ter controle sobre o financiamento de campanha e montagem de chapas nas eleições de 2026. A legenda mais citada como provável destino é o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Desembarque 2
O PP do senador Ciro Nogueira (PI) ficará com o comando de Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Já o União Brasil, presidido por Antônio de Rueda, comandará as decisões nos seguintes estados: Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.
Megabloco do Centrão
Atualmente, União Brasil e PP somam juntos 109 deputados — 59 da primeira legenda e 50 da segunda —, além de 13 senadores. Com essa união, o novo megabloco do Centrão ultrapassa o PL na Câmara e passa a ter direito à maior fatia do fundo eleitoral, 1 bilhão de reais, consolidando-se como uma força determinante nas alianças para a eleição presidencial e estaduais de 2026.
Tsunami
Em Rondônia a federação causou um tsunami e está provocando uma luta pelo comando do União Progressista. O governador Marcos Rocha reivindica a direção estadual, mas não será fácil. O comando está mais próximo do deputado federal Mauricio Carvalho.
Justa causa
A fusão entre partidos é considerada justa causa para parlamentares trocarem de legenda sem perder o mandato. Isso significa que deputados e vereadores filiados ao PSDB, Podemos, PP e União Brasil poderão se desfiliar antes da próxima “janela partidária”, desde que a união das siglas seja aprovada pelos diretórios e homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Desjuniorização
O jornalista Nilton Salinas anunciou um novo blog com uma notícia que está movimentando os bastidores no Palácio Rio Madeira. O novo chefe da Casa Civil, Elias Rezende está fazendo uma limpeza no órgão trocando pelo menos 300 assessores que estavam à disposição do ex, Júnior Gonçalves. Não está sendo fácil.
Desjuniorização 2
Sob Júnior Gonçalves, a Casa Civil tinha mais poderes do que o próprio gabinete do governador. Enquanto o gabinete de Júnior Gonçalves tinha 548 servidores, do governador possuia 402. O gabinete do vice, Sérgio Gonçalves da Silva, irmão de Júnior e titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec) tem apenas 18; a Casa Militar, 16. Secretaria de Estado de Comunicação (Secom), 106 servidores.
Máximo no Senado
Segundo uma fonte fidedigna, o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil ), virá mesmo candidato ao Senado. O principal motivo seria a conclusão de que numa eleição com adversários tão poderosos em todos os aspectos candidatando-se ao governo (com capital político, financeiro, máquina e grupo), a disputa ao Senado parece ser mais tranquila. Com certeza isso não agradará nada a Marcos Rocha.
Confúcio, a incógnita
O senador Confúcio Moura (MDB) é habituado a esconder o jogo até os últimos minutos do segundo tempo. A coluna só recomendaria precaução aos adversários dele: se ele vier ao Senado ou ao Governo, melhor sair do caminho dele, porque ele sabe garantir o seu lugar. Confúcio parado, está jogando. Na eleição presidencial, por exemplo, ele levantou a bandeira da Simone Tebet desde sempre com o intuito de aproximá-la de Lula. Resultado? Tebet num ministério e Confúcio fortíssimo na parada.
Os partidos políticos e o poder
A razão da existência dos partidos políticos é o poder. E, mais ainda, permanecer nele. Sem isso, viram joguetes nas mãos daqueles que alcançam o poder. O Partido Democrático Brasileiro – MDB de Rondônia que o diga. O logo período no poder do estado fez a legenda construir algumas virtudes que a faz referência dentre as que disputam o poder político no estado.
Os partidos políticos e o poder 2
É o MDB que possui o maior número de filiados no estado de Rondonia. É também o partido que possui sede própria, uma das melhores dentre os partidos no Brasil. O MDB mantém ativa a sua Fundação Ulysses Guimarães – FUG, cuja agenda lhe permite a formação continuada de quadros e o debate de temas que interessa a sociedade. Tudo isso é resultado da convivência com o poder que o partido manteve por longo tempo no estado.
Os partidos políticos e o poder 3
Se o poder faz bem à estrutura partidária, o mesmo ocorre com a qualidade da sua militância. Embora recheado de “caciques estrelados”, o MDB, vez ou outra, é chacoalhado por movimentos de sua base de militantes. E neste momento, o partido vive mais uma destas turbulências internas. E, também neste quesito, o MDB mostra a vitalidade que justifica a existência de um partido político.
Os partidos políticos e o poder 4
A revolta interna no MDB agora está relacionada ao fato da militância não concordar com a permanência do deputado federal Lúcio Mosquini na presidência do partido, após afirmar de forma reiterada que deixará a legenda na janela eleitoral, que ocorre no primeiro semestre de 2026. Até lá, Mosquini imporia a agenda que lhe interessa ao seu projeto político, mantendo o controle do fundo partidária e dos destinos do partido.
Os partidos políticos e o poder 5
A reação da militância do MDB, após alguns meses de silencio, arrancou, enfim, uma fala de redenção do presidente do partido. Em entrevista a um veículo local, Mosquini afirmou que somente entregaria a presidência ao senador Confúcio Moura. Logo, dada a legitimidade e ao apoio interno do senador, o jogo está jogado (existem rumores de que Confúcio Moura concordou em assumir o controle partidário imediatamente).
Cidadania e PSB
Após decisão de fusão entre PSDB e Podemos, o Cidadania deixou o ninho tucano e já conversa com o PSB. Em Rondônia, essas duas mudanças, se aprovadas, dificultarão a vida de Hildon Chaves.
Lady Gaga
O mega show da pop star norte-americana Lady Gaga, bateu recorde de público. Mais de 2 milhões de esquerdistas presentes. O sucesso do evento deixou o gado nervoso. Até tentaram explodir bombas para matar o público LGBT. Foram descobertos, pois divulgaram na Internet a intenção. Graças à Deus inteligência não é o forte deles.
Diplomacia global
O presidente Lula retoma nesta semana sua agenda internacional com compromissos de peso em dois dos principais polos geopolíticos do planeta: Rússia e China. A série de viagens, marcada entre os dias 8 e 13 de maio, ocorre em um momento sensível para a diplomacia global, em meio à guerra na Ucrânia, ao recrudescimento da disputa comercial entre Estados Unidos e China e às tentativas do Brasil de reafirmar seu protagonismo no cenário internacional.
O mentiroso
A viagem de David Gamble, coordenador do escritório de sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos, ao Brasil, tem gerado controvérsias no cenário político brasileiro. Embora tenha sido divulgada pelo deputado licenciado Eduardo Bolsonaro como uma missão para discutir possíveis sanções contra autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, a verdadeira razão da viagem é bem diferente. Segundo a coluna do jornalista Jamil Chade, do UOL,, a viagem já havia sido organizada pelo próprio governo brasileiro e está inserida em um acordo de cooperação entre os dois países no combate ao crime organizado.
O mentiroso 2
Desde a última sexta-feira, Bolsonaro tem feito declarações sobre o intuito da viagem de Gamble, alegando que o coordenador de sanções viria ao Brasil para discutir medidas que a administração Trump estaria considerando adotar contra o Brasil. Contudo, a informação não revela o papel da missão, que na verdade faz parte de uma agenda oficial de colaboração internacional.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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