Coluna Zona Franca

Brasil-China-Russia

“Ah, o Brasil está alinhado ao comunismo”. Não! O Brasil está alinhado às maiores potências mundiais, economicamente importantes. Deveria ser motivo de elogios e não de críticas. O Brasil só tem a ganhar. Como já vem ganhando. O nosso país é um dos maiores exportadores de comodities para esses países. E já foram anunciados 27 bilhões de dólares em investimentos no Brasil por parte da China. A proximidade com a Rússia de Putin é estratégia política também. Neste momento em que os Estados Unidos elegeram um maluco que está desmoronando a economia mundial, a Rússia é um porto seguro. Ademais, o Brasil faz parte do BRICS, juntamente com Rússia e China.

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Durante o Fórum Brasil-China realizado nesta segunda-feira (12) em Pequim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou a parceria estratégica entre os dois países e defendeu uma aliança cada vez mais sólida baseada em interesses mútuos e desenvolvimento sustentável. Lula destacou a trajetória positiva da cooperação sino-brasileira, iniciada há meio século, e ressaltou que a presença de uma ampla comitiva brasileira — formada por ministros, governadores, parlamentares e empresários — demonstra o comprometimento com uma “comunidade de futuro compartilhado por um mundo mais justo e um planeta sustentável”.

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“O potencial da relação entre China e Brasil é inesgotável”, afirmou o presidente, ao pontuar que o comércio bilateral cresceu aproximadamente 30 vezes entre 2003 e 2025. O país asiático, segundo Lula, tornou-se não apenas o principal parceiro comercial do Brasil, mas também um dos maiores investidores: saltou da 14ª para a 5ª posição no ranking de investimentos diretos no país, com um estoque superior a US$ 54 bilhões. (Brasil 247)

EUA recuaram

Enquanto alguns criticam Lula, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump busca reaproximação com a China, recuando da alta taxação sobre produtos importados. Trump também acenou para Putin, pois sabe que a Rússia é uma grande potência tanto quanto os Estados Unidos.

Trégua EUA e China 

Fim de semana de trégua na guerra tarifária. Após uma série de reuniões em Genebra, na Suíça, os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias do planeta, concordaram em reduzir as tarifas durante os próximos 90 dias. Os EUA reduzirão as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30% e a China reduzirá as tarifas sobre as importações dos EUA de 125% para 10%. “Queremos um comércio mais equilibrado e penso que ambos os lados estão empenhados em conseguir isso”, disse Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA. Na declaração que a China divulgou com os EUA simultaneamente, o Ministério do Comércio chinês acrescenta que “as consultas contínuas ajudarão a resolver questões que preocupam ambos os lados nos domínios econômico e comercial”. O governo de Donald Trump vinha sofrendo enorme pressão interna para alcançar um acordo com Beijing, incluindo dos executivos das gigantes Walmart e Target sobre o risco de haver prateleiras vazias em suas lojas. Apesar das declarações cada vez mais hostis antes das negociações, ambos os times enfatizaram a atmosfera cooperativa das reuniões. (Financial Times)

Vergonhosa submissão

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse, em um post no X, que está preparado para encontrar, nesta quinta-feira, na Turquia, o russo, Vladimir Putin, mas que espera que Moscou concorde com um cessar-fogo antes disso. A mensagem de Zelensky veio menos de uma hora depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, escreveu no Truth Social que a Ucrânia deveria concordar “imediatamente” em se reunir com autoridades russas. Os comentários de Trump prejudicaram os esforços dos aliados europeus de Kiev para pressionar Putin por um cessar-fogo incondicional de 30 dias na Ucrânia até segunda-feira, sob ameaça de novas sanções “massivas”. (CNN)

Cidadania  e PSB

O Cidadania deverá dar um passo decisivo em junho rumo à formação de uma federação com o PSB. A informação foi divulgada neste domingo (11) pela Folha de S.Paulo e aponta que a Executiva Nacional do Cidadania deverá aprovar uma resolução autorizando formalmente a abertura das negociações com os socialistas.

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O presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, confirmou que há conversas em andamento entre as duas legendas. Segundo ele, o diálogo com Carlos Siqueira, presidente do PSB, já teve início e visa construir um novo arranjo político entre os partidos, cuja história de proximidade tem facilitado as tratativas.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político

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