Governo publica MP
Após um dia de muita tensão com o Congresso, o Executivo optou por enfrentar as ameaças dos parlamentares e publicou no diário oficial a medida provisória que substitui o polêmico decreto que aumentou o IOF. Como anunciado por Haddad, a MP acaba com a isenção de imposto de renda sobre as LCIs e as LCAs, que agora passam a ser tributadas em 5%. A medida também equaliza em 17,5% os impostos para os demais investimentos no mercado financeiro, que antes variavam entre 15% e 22,5%. Os Juros sobre Capital Próprio (JCP) sobem de 15% para 20%, assim como haverá elevação de 9% para 15% da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) das fintechs. O governo também decidiu ampliar a taxação sobre as bets, de 12% para 18%. As medidas entram em vigor em 2026, mas precisarão ser aprovadas pelo Congresso, uma tarefa que promete ser bastante difícil. (Globo)
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Ao longo de toda a quarta-feira o Congresso deu mostras de que não aceitaria a nova MP, mesmo tendo dado indicações no domingo de que havia concordado com a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Logo pela manhã, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) alterou o tom do discurso e afirmou que o governo precisava “fazer o dever de casa” com corte de gastos substanciais. “As últimas medidas foram extremamente mal recebidas pelo Congresso e pelo setor produtivo”, afirmou ele em um evento em Brasília. (CNN Brasil)
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O deputado federal Nikolas Nikonha (PL-MG), tentou lacrar em cima do ministro Haddad. Se lascou. Foi desmoralizado. Bem feito pro primo do traficante. A manhã ainda não havia terminado e Fernando Haddad enfrentou seu dia de Marina Silva no Congresso. Assim como ocorreu com a ministra do Meio Ambiente no Senado, Haddad foi alvo de um bate-boca com deputados bolsonaristas durante uma audiência na Comissão de Finanças e Tributação. Após acusações mútuas de “molecagem” a sessão foi encerrada. (g1)
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Durante a tarde, o governo encontrou parte da base aliada amotinada para não aprovar as medidas propostas por Haddad. União Brasil e o PP, donos de dois ministérios na Esplanada, anunciaram que estavam se aliando à oposição para não aprovar a prometida medida provisória que alteraria os termos do decreto que aumentou o IOF. (Folha)
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Para tentar conter a animosidade do Legislativo contra a MP, o governo busca acelerar a liberação de emendas parlamentares. Há um entendimento de que parte da reação no Congresso se deve à demora nesses pagamentos e, segundo fontes do Executivo, somente nesta quarta-feira foram liberados R$ 250 milhões em emendas de 2025. (Globo)
Maluco é ele!
Ao chamar seus apoiadores de malucos, o ex-presidente Bolsonaro se complicou. Prá completar a desgraça, Bolsonaro ainda chamou o algoz para ser vice dele (na prisão). Na tentativa de manter o que ainda lhe resta de capital político, já em desgaste, a postura adotada por Bolsonaro durante o inquérito pode ter provocado efeito contrário ao esperado.
Maluco é ele! 2
A partir da análise das reações dos seus apoiadores nas redes sociais, o cálculo político dele tenha sido errado. Esse tipo de brincadeira feita com o ministro [do STF] Alexandre de Moraes não bateu bem no eleitorado dele. Ações em defesa da democracia tornaram o ministro alvo constante de ataques de Bolsonaro e da extrema direita, portanto, uma espécie de “inimigo” dos bolsonaristas. (Brasil de fato).
Maluco é ele! 3
A fala em que Bolsonaro se refere aos próprios apoiadores como “malucos” também repercutiu negativamente entre seus seguidores, segundo a especialista. Esse tipo de abordagem pode fazer com que ele perca mais capital e, assim, não se torne aquela força aglutinadora que ele vem sendo nos últimos anos, mas que, aos poucos, tem perdido. Para ter a empatia do judiciário na hora de julgá-lo, ele acaba perdendo mais ainda daquilo que lhe resta.
Reservas ambientais
Se depender do agronegócio de Rondônia, o presidente Lula não terá apoio do mercado europeu para assinar o acordo com o Mercosul. O presidente da França, Emanuel Macron, disse que um dos entraves prá assinar é a desconfiança dos europeus com o agronegócio brasileiro. De acordo com Macron, o Brasil não está fazendo o dever de casa. Ou seja, não está protegendo as florestas, além de usar defensivos agrícolas proibidos em solo europeu. Em Rondônia, parlamentares estão contra as reservas ambientais criadas pelo então governador de Rondônia, Confúcio Moura (MDB-RO). Rechaçada por agricultores e pecuaristas, as reservas ambientais protegem o meio ambiente. Com o fim delas, o desmatamento vai aumentar consideravelmente. Ou seja, Macron tem razão.
Caminhada Esperança rumo ao interior
Após o lançamento exitoso do Movimento Caminhada Esperança em Porto Velho no último
dia 30 de maio, os dirigentes dos oito partidos que compõem a frente progressista se reunirm ontem, 11, na sede do Diretório Estadual do MDB. Na pauta, avaliação do evento de lançamento e a agenda para a interiorização do Movimento, que deve se iniciar por
Ariquemes e avançar em direção à Ji-Paraná e os demais municípios. O Movimento, que reúne os partidos de centro e de esquerda de Rondônia sob a liderança do senador Confúcio Moura (MDB-RO) e do ex-senador Acir Gurgaz (PDT-RO), tem como objetivo criar um espaço de debates sobre os problemas estruturais do estado, propor políticas inclusivas e sustentáveis e se colocar como protagonista no debate eleitoral que se aproxima.
O MDB debate Rondônia e o Brasil
Em mais uma demonstração da sua histórica organicidade e compromisso com o Brasil e
com o estado, o Movimento Democrático Brasileiro – MDB, por meio do seu diretório
estadual e da Fundação Ulysses Guimarães – FUG, realizará no dia 4 de julho próximo, na
sua sede, o seminário O Brasil precisa pensar o Brasil, no qual tratará dos problemas
estruturais do País.
O MDB debate Rondônia e o Brasil 2
O Brasil precisa pensar o Brasil é uma ação nacional do MDB, que tem como objetivo ouvir
suas bases nos estados sobre os problemas que mais impactam no desenvolvimento. Todos os estados realizarão seminários e, ao final, será produzido um documento que compile todos os gargalos identificados – e suas eventuais soluções – para ser o instrumento orientador do partido e dos(as) seus(as) candidatos(as) nas eleições de 2026.
O MDB debate Rondônia e o Brasil 3
No evento, que contará com palestrantes locais e nacionais, serão abordados temas como
Reforma política e reformas institucionais; governança e inovação na gestão pública; Capital humano – educação, primeiro emprego, ciência e tecnologia; Meio ambiente – matriz energética, sustentabilidade, Amazônia; Economia – desenvolvimento econômico, infraestrutura, dinamismo regional; Políticas sociais – rede de proteção social e inclusão produtiva; Segurança Pública e Justiça.
Sexta-feira 13
Será amanhã, a partir das 9 da manhã, a coletiva de imprensa do ex-chefe da Casa Civil de Rondônia, Júnior Gonçalves (União Brasil). Resumindo, JG deixou o cargo atirando. Pesa contra ele denúncias de corrupção. Ele refuta e prometeu contar tudo que sabe amanhã, justamente numa sexta-feira 13. Será a hora do pesadelo para o governador Marcos Rocha (União Brasil)? Mas, no entanto, se nada revelar de importante, Júnior Gonçalves poderá cair no descrédito. Portanto, ele vai ter que fazer valer a Sexta-feira 13.
Sexta-feira 13-2
Dependendo do que JG falar, será melhor o governador não voltar de Israel. Menos perigoso enfrentar o Hamas do que enfrentar o kamikase ex-chefe da Casa Civil. O curioso é que JG é irmão do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil). Os ataques à JG teria a ver com o fato do irmão querer sair ao governo de Rondônia em 2026? Rocha não quer que ele saia. Ofereceu até o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas. Ele não quer. Quer ser governador, com apoio de Júnior Gonçalves.
Hospital Universitário
O prefeito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), esteve em Brasília, visitando a bancada federal, em busca de mais recursos. Em seis meses, LM já levou prá capital mais de 30 milhões de reais. E, se depender do senador Confúcio Moura, o prefeito vai levar mais. Principalmente para a construção ou compra do Hospital Municipal Universitário. A atuação de Léo Moraes é destaque nacional.
Ciumento
A bancada federal de Rondônia tem onze parlamentares, oito deputados federais e três senadores. Apesar de receber verbas assinadas por todos os parlamentares, o destaque vai para o senador Confúcio Moura que não mede esforços pra ajudar a capital rondoniense. Talvez por isso cause ciúmes dos demais pares. Um dos ciumentos é o deputado federal Mauricio Carvalho (União Brasil). Achando que a irmã Mariana Carvalho ia ser eleita prefeita, MC destinou dezienas de milhões de reais para a capital. Léo Moraes está usando, claro.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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