Todos ‘venceram’
Acabou a guerra? Não! Trata-se apenas de uma trégua. Mas, com certeza, desta vez Trump pode estufar o peito: “parei a guerra”. Sim, ele parou a guerra que provocou. Na verdade, apenas tirou o camelo da sala. Um mês antes do início dos ataques, ele tirou todo o time das embaixadas. Ele sabia de todo o plano. O objetivo foi neutralizar as usinas de enriquecem de urânio. Segundo as autoridades iranianas, ainda estão intactas. Até quando vai durar essa trégua?
Todos ‘venceram’ 2
O primeiro dia do cessar-fogo entre Irã e Israel produziu uma situação inusitada: todos os envolvidos no conflito se declararam vitoriosos. No lado israelenses, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que os combates trouxeram uma “vitória histórica” para o país contra seu maior inimigo na região. Já em Teerã, protestos organizados pelo governo contra os EUA e Israel celebravam o que o regime também chamou de uma vitória no conflito. Em ambos os países, a retórica triunfalista veio acompanhada de ameaças mútuas caso o cessar-fogo não seja cumprido. E o fato de os dois países terem respeitado o acordo e não realizarem ataques nas últimas 24 horas, contrariou as expectativas, já que havia acusações iniciais de violação da trégua. No início da segunda-feira, o presidente americano Donald Trump chegou a temer por um fracasso no cessar-fogo e teve uma ríspida conversa com Netanyahu. De acordo com informações publicadas na imprensa israelense, aviões de Israel estavam a caminho do Irã para uma nova onda de ataques, abortados após o telefonema de Trump. (Guardian)
Todos ‘venceram’ 3
Mas isso não significa que a guerra acabou de vez. Ao final de 12 dias, ao que parece, o conflito não teve nenhum vencedor e múltiplos perdedores. Ontem veio a confirmação de que o programa nuclear iraniano não foi destruído, como afirmaram Trump e Netanyahu no final de semana. Um relatório sigiloso preparado pela inteligência americana diz que o programa foi apenas atrasado em alguns meses. (New York Times)
Todos ‘venceram’ 4
Ato contínuo, oficiais da Casa Branca trataram de desqualificar o relatório que foi vazado para a imprensa. O enviado especial de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, voltou a dizer que o programa nuclear iraniano foi completamente destruído pelos ataques dos Estados Unidos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que o relatório estava errado e que foi vazado por um agente de inteligência “fracassado” com o objetivo de prejudicar Donald Trump. (Haaretz)
Todos ‘venceram’ 5
Mas o próprio presidente teve de dar o braço a torcer. Ao chegar à Holanda para o encontro de cúpula da Otan, Trump mudou o discurso. Embora se vangloriasse que o ataque americano a instalações nucleares iranianas “encerrou a guerra”, ele admitiu que a capacidade atômica do Irã não foi dizimada, como afirmara no fim de semana, e sim “atrasada em décadas”. O presidente comparou os dois países em conflitos a “garotos brigando no pátio da escola”. “Deixe-os brigar feito doidos por dois minutos, e aí fica fácil apartar”, disse. Apesar do tom triunfalista, Trump não escondeu a irritação com o vazamento do relatório sigiloso. (BBC)
Versão mantida
O ex-ajudante de ordens da Presidência, tenente-coronel Mauro Cid, e o ex-candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, general Braga Netto, foram acareados no STF. Em sua delação, Cid afirmou que o general lhe repassou uma caixa de vinho “cheia de dinheiro” no Palácio do Planalto. De acordo com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o dinheiro foi então encaminhado a militares das Forças Especiais. Na acareação, Braga Netto negou a acusação e chamou Cid de mentiroso. O tenente-coronel manteve sua versão. (Globo)
Neto do ditador
O youtuber bolsonarista Paulo Figueiredo, um dos 34 réus na ação penal da trama golpista, afirmou em uma audiência no Congresso americano que o ministro do STF Alexandre de Moraes é o “ditador do Brasil”. Figueiredo, que é neto do último ditador brasileiro, o general João Baptista Figueiredo, disse sofrer perseguições políticas no Brasil e que está impedido de voltar ao país por ter a prisão preventiva decretada. Paulo Figueiredo foi convidado por deputados trumpistas a falar na Comissão de Direitos Humanos do Congresso. (Metrópoles)
Canalhas!
O governo foi pego de surpresa com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), de pautar para esta quarta-feira (25) a votação do projeto que anula os efeitos do decreto presidencial que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). De acordo com Gerson Camarotti, do g1, o Planalto esperava mais tempo para articular uma solução negociada e cogitava, inclusive, aguardar a divulgação do relatório bimestral das contas públicas, previsto para 22 de julho, antes de avançar na discussão sobre o tema. A avaliação entre interlocutores do governo é de que a votação repentina deve provocar a paralisação de parte do orçamento, incluindo o pagamento de emendas parlamentares.
Canalhas! 2
Um articulador político do governo afirmou que a decisão de Motta não estava combinada. Segundo ele, o decreto que eleva o IOF fazia parte de um conjunto de medidas econômicas que já havia sido parcialmente esvaziado e que seria substituído por um novo pacote tributário em negociação com o Congresso. O receio no Palácio do Planalto é de que a antecipação da votação complique ainda mais a relação entre Executivo e Legislativo em um momento delicado para as contas públicas. A equipe econômica defendia um debate mais amplo sobre o reajuste de tributos, com base em dados atualizados de arrecadação e despesa.
Canalhas! 3
A decisão de Hugo Motta, tomada na véspera e comunicada publicamente em uma postagem na rede social X (antigo Twitter), também é interpretada como um sinal de descontentamento da Câmara diante da condução do governo sobre a liberação de recursos parlamentares. A tendência, segundo fontes do Congresso, é que a proposta seja aprovada com folga, repetindo o placar do dia 16 de junho, quando o plenário aprovou a urgência da matéria, incluindo votos favoráveis de deputados da própria base governista.
Canalhas! 4
Além da possível revogação do decreto do IOF, a sessão desta quarta inclui também a votação do projeto que isenta do Imposto de Renda quem recebe até dois salários mínimos, além de duas medidas provisórias: uma que permite o uso de até R$ 15 bilhões por ano do Fundo Social para habitação popular e outra que autoriza crédito consignado para trabalhadores do setor privado.
Canalhas! 5
O Senado Federal deve votar nesta quarta-feira (25) uma proposta de lei que aumenta de 513 para 531 o número de vagas para deputados federais. Caso aprovada, a medida pode gerar um impacto de, pelo menos, R$ 150 milhões por ano. Para se ter ideia, o custo seria maior que o orçamento total do Ministério do Empreendedorismo para o ano de 2025. Ao longo do tempo de mandato dos parlamentares, de quatro anos, o aumento de vagas pode chegar a custar R$ 600 milhões para os cofres públicos.
Davi X Golias
Lula está travando uma batalha hercúlea, medieval e bíblica. Uma verdadeira batalha de Davi contra Golias! Enquanto Lula trabalha para reduzir as desigualdades, os gulosos Golias trabalham para os ricos ficarem mais ricos. Ao contrário do mito bíblico, Lula dificilmente vencerá os Golias. Eles são maioria e perversos.
Melhores Escolas do Mundo
Quatro escolas brasileiras estão entre as 50 finalistas do Prêmio Melhores Escolas do Mundo 2025, promovido pela T4 Education, organização que conecta educadores de mais de 100 países. As unidades de ensino ficam em São Paulo, Maranhão, Paraná e Rio Grande do Sul. Com as indicações, o Brasil está empatado com Índia e Reino Unido em maior número de finalistas. As instituições brasileiras concorrem nas categorias colaboração comunitária, superação de adversidades e apoio a vidas saudáveis. As vencedoras serão conhecidas em outubro. (Globo)
Educação prioridade nacional
Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (24), o senador Confúcio Moura (MDB-RO) disse que “chegou a hora” de colocar a educação como prioridade nacional, “não apenas no discurso, mas na prática”, com medidas no orçamento e nas políticas públicas. Confúcio ressaltou que o único caminho para o Brasil romper o ciclo da desesperança é a educação de qualidade. “Não há milagre, não haverá salvador da pátria, não existe reconstrução sem um pacto educacional. Não será uma eleição que mudará o destino do Brasil, se não houver um compromisso firme, contínuo e corajoso com a educação”, afirmou.
Educação prioridade nacional 2
O senador destacou também a importância da educação como fator gerador de oportunidades e de desenvolvimento social. “A educação é a arma mais poderosa que temos. Educação de qualidade, da creche à pós-graduação, que forma cidadãos críticos, conscientes e éticos, que cria oportunidades e que devolve ao Brasil a esperança de um futuro melhor. Ela pode colocar o Brasil em pé”.
Educação prioridade nacional 3
“A história cobrará de nós. As futuras gerações perguntarão o que fizemos quando o Brasil precisou de equilíbrio, responsabilidade e visão de futuro. O Brasil não pode continuar sendo um país de frustração crônica. Que sejamos, juntos, a geração que transformou o lamento em ação, a descrença em esperança, a esperança em realidade. Educação já, educação sempre, educação para todos”, concluiu.
Justiça feita!
O Poder Judiciário reconheceu, de forma categórica, a prescrição da pretensão punitiva e julgou extinto com resolução de mérito o processo que injustamente atingia Édson Silveira e o ex-prefeito Roberto Sobrinho. Durante mais de uma década eles foram expostos injustamente, sofrendo os impactos de uma narrativa que agora se prova inconsistente e infundada. A decisão do juízo estadual restabelece suas honras e reconhece que não há espaço para condenações genéricas no Estado Democrático de Direito.
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.
Informações para a coluna: [email protected]