A oposição à Confúcio é contra o povo
Na política de Rondônia, uma certeza: a oposição ao senador Confúcio Moura é contra o povo. No evento de anúncio de 1,5 bilhões de reais em investimentos pelo Governo Federal no estado de Rondônia, realizado no Palácio das Artes na última sexta-feira, dia 8, ao ser chamado pelo presidente Lula para fazer a fala de encerramento do ato, o senador Confúcio Moura verbalizou uma angústia e uma convicção: “Presidente, aqui em Rondônia, é 10 contra um. Da bancada federal, de 11 parlamentares, sou o único a defender o seu governo. Por isso, apanho todos os dias. E apanho muito. Mas, não gemo, apanho calado!”
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Confúcio foi generoso com os políticos de Rondônia, traço normal da sua
personalidade. Ele não mencionou, por exemplo, que no início daquela semana, já
com a confirmação da presença do presidente e sua comitiva no estado e da pauta
que traziam, a Assembleia Legislativa aprovou, de forma quase unanime, um Voto de
Repúdio contra o presidente Lula. Logo, senador, o placar contra o senhor e o governo
federal é bem mais elástico do que os 10 a 1.
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Mas nem tudo são horrores. No próprio ato em que expôs a sua angústia – e
demonstrou a resiliência dos fortes ao dizer que sofria sem gemer – o senador provou que a oposição é oca e desconectada com as necessidades da população. Articulada por ele, a vinda de Lula e os investimento anunciados, apenas estes, superam em muito os investimentos do governo estadual ao longo do ano. Logo, o Executivo e os parlamentares estaduais entregam menos à população do que os federais – que apesar de massacrar o senador e o governo federal, não têm suas emendas bloqueadas.
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Além disso, a crítica a Confúcio se limita a desconstruir a sua relação e o seu prestígio
junto ao governo federal. Não tem nada de programática. Ninguém nega ou recusa os
bilhões que destina ao estado. A sua agenda parlamentar prioriza projetos
estruturantes (a ponte Brasil-Bolívia é um exemplo), a educação, a inclusão social e as
grandes questões nacionais. Pelo visto, infelizmente para a população, isto incomoda
menos do que o fato dele ser aliado do governo federal. O ideal para quem mora em Rondônia seria que o senador ganhasse por 11 a zero ou mais…
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Nessa sexta-feira (15), às 9h, Confúcio estará no pátio do Ministério da Agricultura e Pecuária, em Porto Velho, para entregar 20 tratores e 7 pás carregadeiras a 20 municípios de Rondônia. Um investimento de R$ 10 milhões para fortalecer a agricultura familiar e melhorar a infraestrutura no campo. “É mais um passo concreto para apoiar quem produz e garante alimento na mesa de todos nós“, disse Confúcio. Enquanto isso o resto da bancada federal está atrapalhando o agronegócio apoiando o tarifaço de Trump.
O pacto
Um grupo de vereadores de Porto Velho fez um pacto inusitado. Prometeram entre si não levar nada das suas ações para o lado pessoal. E um deles gritou para não andarem armados. Um por todos, todos por um. O que acontece em Vegas fica em Vegas. Na imagem, um vereador que está ameaçado de cassação. Pelo jeito a situação é de medo entre eles. O que está acontecendo? Veja aqui o vídeo
Apesar de você…

Apesar de você…2
Eduardo Bolsonaro repete Hitler
A atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA (“Se for necessário, iremos sacrificar tudo e queimar toda a floresta”, disse ele) é a reedição de um dos momentos mais sombrios da Segunda Guerra Mundial: o Decreto Nero, assinado por Adolf Hitler em 19 de março de 1945. No documento, o líder nazista ordenou a destruição de toda infraestrutura que pudesse ser útil às forças aliadas que avançavam sobre a Alemanha. Pontes, ferrovias, fábricas e portos deveriam ser demolidos.
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A traição de Eduardo Bolsonaro carrega uma lógica semelhante. Ao se referir a “queimar a floresta” como resposta a pressões políticas e judiciais envolvendo sua família, o deputado sugere que recursos e patrimônio do país podem ser sacrificados em nome de uma causa pessoal. (Diario do Centro do Mundo)
Falta de provas?
Em alegações finais de 197 páginas, a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua absolvição na ação sobre a trama golpista, alegando que houve cerceamento de defesa e ausência de provas. O documento argumenta que os advogados não tiveram pleno acesso ao processo e tempo hábil para analisar as provas. Acrescenta que a “minuta do golpe” é apócrifa e nunca foi formalizada, e que as reuniões com os comandantes das Forças Armadas ocorreram apenas em um contexto de busca de alternativas constitucionais à derrota na eleição de 2026. Sobre a delação de Mauro Cid, a defesa sustenta que ela é inconsistente e foi forçada. Outro ponto da defesa é que aconteceu transição de governo, posse antecipada de comandantes e que, no 8 de janeiro, Bolsonaro estava fora do país. Embora poupe ataques diretos ao ministro Alexandre de Moraes, o texto afirma que a acusação criminaliza discursos e críticas políticas. (Globo)
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O prazo para as alegações finais dos acusados de participarem da tentativa de realizar um golpe de Estado após as eleições de 2022 terminava nesta quarta-feira. Diferentemente de Bolsonaro, o general Braga Netto alegou que o ministro Alexandre de Moraes foi parcial e que as provas coletadas são ilícitas. Já o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, afirmou ser inocente e, caso seja julgado culpado, pediu a redução de sua pena. Os advogados do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, pediram sua absolvição. (Estadão)
Julgamento em setembro
Com essa etapa concluída, a expectativa é que o julgamento aconteça em setembro. As próximas fases são as seguintes: Moraes, faz a leitura do relatório final do processo. Depois, vêm as sustentações orais do procurador-geral da República e de cada uma das defesas. Moraes, o relator, lê seu voto, seguido dos demais ministros da Primeira Turma. Se algum ministro pedir vistas, tem 90 dias para devolver o processo e dar seu voto. Então, é divulgada a decisão da turma e a dosimetria de penas. (CNN Brasil)
O monitoramento
A defesa de Marcelo Câmara, réu em outro núcleo da trama golpista, disse ao STF que o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, realizado no fim de dezembro, não teve relação com a operação “Punhal Verde e Amarelo” e foi solicitado diretamente por Bolsonaro. Nesta quarta-feira, aconteceu a acareação entre Câmara e Mauro Cid. Em depoimento, Cid disse ter recebido dois pedidos de monitoramento de Moraes: o primeiro, entre 16 e 22 de dezembro de 2022, vindo do major Rafael de Oliveira, acusado pela PGR de planejar os assassinatos de Moraes, Lula e Geraldo Alckmin; e o segundo, do próprio Bolsonaro, que suspeitava de encontros entre Moraes e o então vice-presidente, Hamilton Mourão, em São Paulo. (Folha)
Mais Médicos
Um dia após acusar o Brasil de não respeitar os direitos humanos e perseguir seus adversários políticos, os Estados Unidos voltaram à carga contra o governo brasileiro. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que o governo americano vai revogar os vistos de diferentes funcionários federais. A justificativa agora está no programa Mais Médicos, criado ainda no primeiro governo da ex-presidente Dilma Rousseff. De acordo com Rubio, o programa “foi um golpe diplomático inconcebível de ‘médicos’ estrangeiros” e foi cúmplice “do esquema de trabalho forçado do regime cubano”. O secretário de Estado disse ainda que os Estados Unidos vão revogar vistos de ex-funcionários da Organização Pan-Americana de Saúde que participaram da elaboração do Mais Médicos no país. (g1)
Mais Médicos 2
Entre os primeiros nomes a emergir na lista de sancionados estão os de Mozart Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da OPAS. Até o momento, o governo americano revogou os vistos de 8 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal e do procurador-geral da República. (CNN Brasil)
Crédito de R$ 30 bilhões
O anúncio de Rubio ocorreu poucas horas após o presidente Lula apresentar o pacote de medidas de socorro aos exportadores brasileiros afetados pelo tarifaço de Donald Trump. Em uma cerimônia concorrida no Planalto, Lula confirmou a linha de crédito de R$ 30 bilhões anunciada na véspera. A medida provisória também prevê o adiamento de cobranças tributárias e mudanças nas garantias à exportação, numa tentativa de facilitar a busca por novos mercados. Em contrapartida, o governo vai pedir ao Congresso Nacional autorização para excluir da meta fiscal até R$ 9,5 bilhões. A justificativa é que as ações emergenciais são fundamentais para a manutenção de centenas de milhares de empregos. De acordo com o Dieese, o tarifaço americano pode impactar mais de 726,7 mil empregos formais e afetar a arrecadação do INSS e o pagamento do FGTS. (Folha)
Felca
A repercussão do vídeo do youtuber Felca segue movimentando o Congresso. Nesta quarta-feira, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que aumenta a pena para quem aliciar crianças e adolescentes na internet. O projeto impõe pena de um a três anos de prisão para quem facilitar o acesso a conteúdo pornográfico por crianças e para quem assediar menores a fim de que se exibam de forma sexualmente explícita. Se o crime for cometido por meio das redes sociais, a pena será aumentada em um terço. A proposta ainda precisa ser aprovada no plenário da Câmara. (g1)
Felca 2
No Planalto, o presidente Lula se reuniu com diversos ministros para finalizar a elaboração de um projeto de lei que pretende regulamentar as redes sociais no Brasil. O texto que o governo vai enviar ao Congresso também conterá um trecho tratando da proteção de crianças e adolescentes nas plataformas digitais. De acordo com Lula, o projeto de lei será apresentado ao Parlamento na próxima semana. (Poder360)
Felca 3
A Justiça determinou, nesta quarta-feira, um mandado de busca e apreensão contra o influenciador digital Hytalo Santos, principal acusado pelo youtuber Felca de promover a adultização de crianças e adolescentes na internet. (CNN Brasil)
Ajuda humanitária em Gaza
Mais de 100 ONGs internacionais — incluindo Oxfam, Médicos Sem Fronteiras e Save the Children — assinaram uma carta pedindo que países pressionem Israel a acabar com os bloqueios da ajuda humanitária em Gaza e a suspender o rígido processo de entrada de recursos no enclave. As organizações afirmam que, apesar de Israel dizer não haver limite para entrada de ajuda, a maioria não conseguiu entregar um único caminhão desde 2 de março. O governo israelense, segundo as entidades, impõem barreiras burocráticas e recusaram mais de 60 pedidos apenas em julho, deixando milhões de dólares em suprimentos retidos na Jordânia e no Egito. Israel nega e diz que as regras visam impedir que o Hamas use a ajuda para fins militares. (Haaretz)
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Existe fome em Gaza. Existe fome do pior tipo. A esta altura, Israel já deixou claro que é o mais poderoso exército da região. É hora de parar. Não tem mais o que ganhar. A opinião de Pedro Doria no Ponto de Partida. (YouTube)
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político, com informações do Canal Meio
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