Coluna Zona Franca

Por Roberto Kuppê (*)

Trump pragmático

Ontem foi o fim da aventura golpista de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. Finalmente o presidente Trump caiu na real. As mentiras do filho de Jair Bolsonaro não se sustentaram. A verdade (mais uma vez) prevaleceu. Trump reconheceu que Lula é realmente o cara como disse Barack Obama. Um guerreiro como disse Emanuel Macron, presidente da França.

Trump pragmático 2

Até agora o presidente Lula está sem acreditar quão afável foi o presidente norte-americano, o mesmo que mandou Israel destruir Gaza e bombardeou o Irã. Essa química de Trump em relação à Lula tem um porquê. O laranjão está sob pressão interna após super taxar o Brasil.

Prêmio Nobel da Paz

Quem está mais próximo de receber o Nobel da Paz na próxima sexta-feira? Trump ou Lula? A coluna, claro, torce pelo presidente Lula. Trump fomenta as guerras enquanto Lula prega a paz e a erradicação da fome.

Trump fecha caixão de Bolsonaro

A videochamada entre Lula e Trump, representa o último prego no caixão do bolsonarismo. Foi Trump quem ligou para Lula, detalhe que o brasileiro fez questão de registrar. Conversaram por 30 minutos, acompanhados por Fernando Haddad, Mauro Vieira, Celso Amorim e Geraldo Alckmin. Segundo apuração de Mônica Bergamo, Trump disse a Lula que o encontro com ele “foi a única coisa boa que aconteceu na ONU”.

Trump fecha caixão de Bolsonaro 2

A declaração reforça uma química que, na realidade, é o esforço de Trump para sair da armadilha que ele próprio criou ao ouvir um bando de fracassados e golpistas como Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo. Agora negocia com quem tem bala na agulha: o presidente Lula e o empresariado brasileiro. Lula foi direto: pediu o fim da sobretaxa de 40% sobre produtos brasileiros e a retirada das sanções contra autoridades do país. Trump designou o Secretário de Estado Marco Rubio para negociar. Trocaram telefones pessoais. Acordaram se encontrar em breve. Checkmate diplomático. (do Brasil 247)

Conversa abre reaproximação

Ainda não foi um encontro pessoal. Trump e Lula falaram por videoconferência e trataram de assuntos primordialmente econômicos, evitando os temas políticos que têm marcado as críticas do governo americano ao Brasil. Lula disse a Trump que está disposto a negociar para reduzir o tarifaço imposto pela Casa Branca, e o líder dos Estados Unidos abriu espaço para que os dois países possam tratar de negócios. Ficou acertado na conversa que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e o secretário de Estado americano, Marco Rubio, vão liderar as discussões de alto nível entre os dois países. A conversa entre Lula e Trump durou cerca de 30 minutos. Mas o Palácio do Planalto considerou a conversa positiva e o início de uma reaproximação entre Brasil e Estados Unidos. (UOL)

Conversa abre reaproximação 2

A conversa entre Trump e Lula pegou muita gente de surpresa, mas ela já estava agendada há uma semana. Equipes da diplomacia brasileira e americana vinham negociando a ligação desde que os dois presidentes se encontraram nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, há cerca de um mês. O Itamaraty queria que Lula e Trump tivessem uma conversa por telefone ou videochamada antes de um encontro pessoal. Na semana passada, a Casa Branca indicou que o encontro virtual poderia acontecer nesta segunda-feira. No Planalto, a informação foi tratada em sigilo e até mesmo os assessores próximos dos ministros escalados para acompanharem os preparativos não foram informados. (Globo)

Conversa abre reaproximação 3

Ao final, tudo ocorreu bem melhor do que o próprio governo brasileiro esperava. Apesar da retórica belicosa dos últimos meses, Trump se mostrou afável e, em alguns momentos, até carinhoso com Lula. Os dois presidentes brincaram sobre o fato de ambos terem 79 anos e se sentirem como “garotos de 40 anos”. Trump pediu — e recebeu — o número de telefone pessoal do presidente brasileiro e repassou seu número de celular para Lula, que por sua vez tratou de aproveitar o bom humor do presidente americano e pediu para as sanções aplicadas às autoridades brasileiras sejam revistas. Trump não se comprometeu com nenhum dos pedidos, mas não citou o nome de Bolsonaro. (g1)

Trump gostou da conversa

Trump foi à sua rede social, a Truth Social, dizer que gostou da conversa e afirmou que pretende se encontrar com Lula novamente, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. De acordo com o presidente americano, “nossos dois países vão se sair muito bem juntos”. Mais tarde, em um encontro com a imprensa no Salão Oval da Casa Branca, Trump afirmou a jornalistas que gostou do presidente brasileiro. “Ele é um homem bom”, disse. (Metrópoles)

Trump gostou da conversa 2

Apesar de alijados das negociações entre Brasil e Estados Unidos para rever as tarifas impostas pela Casa Branca, os bolsonaristas não deram o braço a torcer. Eduardo Bolsonaro, o principal articulador para que os Estados Unidos apliquem sanções políticas e econômicas ao Brasil para livrar seu pai da prisão, afirmou que a escolha de Marco Rubio para ser o interlocutor com o governo brasileiro foi “um golaço de Trump”. De acordo com ele, Rubio “não cairá nesse papo furado do regime, de independência de um Judiciário aparelhado”. (Folha)

Faixa de Gaza

Hoje completam-se dois anos dos atentados em que o Hamas, a partir da Faixa de Gaza, atacou comunidades israelenses matando mais de 1.200 pessoas e levando centenas de reféns. Na retaliação que se seguiu, Israel invadiu Gaza em uma guerra que já matou mais de 67 mil palestinos. Os dois lados estão em negociações de paz mediadas pelos EUA, mas, mesmo que um acordo seja obtido, é difícil prever a cicatrização das feridas. (New York Times)

                                          Bicho escroto

Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (6/10), focada na crise de contaminação por metanol em bebidas alcoólicas, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), provocou desconforto entre os presentes com um comentário que misturou “humor” e um tom aparentemente moralista. Ao abordar a mobilização de grandes marcas do setor contra a falsificação de bebidas, ele insinuou ser abstêmio, gerando reações não muito boa entre jornalistas e autoridades. A fala ocorreu enquanto Tarcísio discutia a força-tarefa criada para combater o problema das bebidas falsificadas, que, segundo a Polícia Civil, pode estar ligado à adição de etanol contaminado com metanol. (Revista Forum)

Metanol

As bebidas alcoólicas contaminadas com metanol, causando mortes e internações, podem ter sido adulteradas em produções clandestinas por um etanol de baixa qualidade que já estaria contaminado com o produto químico tóxico. Essa é a principal linha de investigação da Polícia Civil, segundo o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, nesta segunda-feira. Apesar de não ter sido descartada, a hipótese de que criminosos teriam usado metanol para lavar garrafas não é mais a principal suspeita dos investigadores. Por ser de fácil acesso, Derrite disse não saber a procedência do suposto etanol contaminado. A Polícia Técnico-Científica identificou a presença de metanol nas bebidas de duas distribuidoras. (Folha)

Metanol 2

Tarcísio de Freitas descartou o envolvimento de organizações criminosas na produção e venda das bebidas adulteradas. Também afastou a possibilidade de a facção PCC estar ligada às bebidas, que têm uma rentabilidade muito menor que o tráfico de drogas. Até esta segunda-feira, São Paulo registrou 192 casos de contaminação por metanol, sendo 14 confirmados, incluindo 2 mortes, e outros 178 em investigação, envolvendo sete óbitos. (g1)

Sou da Paz

Um levantamento do Instituto Sou da Paz, com dados de 16 estados mais o Distrito Federal, mostra que apenas 36% dos homicídios registrados em 2023 foram esclarecidos até o final do ano passado. Dos 24,1 mil homicídios, 8.800 geraram denúncias criminais pelo Ministério Público. Entre as unidades da federação avaliadas, o Distrito Federal tem o melhor índice de resolução desses crimes, com 96%, enquanto a Bahia apresenta o pior desempenho, de apenas 13%. Estado mais rico e populoso, São Paulo teve piora nas taxas de resolução entre 2022 e 2023, caindo de 40% para 31%. (Folha)

Pesquisa Senado

O Instituto Phoenix realizou pesquisa para o Senado Federal, excluindo os atuais senadores Confúcio Moura (MDB-RO) e Marcos Rogério ( PL-RO). Marcos Rocha (UPr) aparece com 36,9% das intenções de voto, seguido por Silvia Cristina (UPr), que registra 25,1%. Em terceiro lugar está Amir Lando (MDB), com 14,9%. Na quarta posição surge Acir Gurgacz (PDT), que soma 9,8% e Fátima Cleide (PT), em quinto com 5,4%.

Pesquisa Senado 2

O inusitado, porém, foi o fato do servidor público e campeão do ciclismo, Pedro Nazareno (PSB-RO) se posicionar acima do candidato de Bolsonaro, Bruno Scheid (PL-RO). Pedro Nazareno ficou satisfeito com o resultado mas avalia disputar outro cargo.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.