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sexta-feira, dezembro 12, 2025
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Coluna Zona Franca

Por Roberto Kuppê (*)

Envolvimento máximo

Às vésperas das eleições de 2026, o pré-candidato ao governo de Rondônia (ou ao Senado Federal), deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), vai enfrentar uma barra pesada. Segundo investigações, ele estaria envolvido na compra de 100 mil kits de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19, quando ele era secretário da Saúde no governo Marcos Rocha (União Brasil). Durante a Pandemia do Corona Virus, foram alocados para Rondônia, quase 900 Milhões de Reais sendo que a maioria dos  recursos foi direto para a conta da Sesau. Houve muita despesa feita sem licitação, com base em decreto emergencial da Saúde em virtude da grave crise da Covid 19.

Envolvimento máximo 2

Também na Polícia Federal há uma outra investigação referente a contrato de R$ 3.222.462,96 envolvendo serviços de UTI aérea e aquisição de 10 ambulâncias durante a pandemia de coronavírus. Com informações da Coluna Espaço Aberto.

Envolvimento máximo 2

CGU, PF e MPRO combatem irregularidades com recursos da saúde em RondôniaApós cinco anos de investigação, o Ministério Público de Rondônia (MPRO) denunciou, nesta terça-feira (9/12), 12 pessoas por participação em um esquema de fraude na compra de testes rápidos para Covid-19 durante a pandemia. A ação, apresentada pelo Gaeco, é resultado da Operação Polígrafo, deflagrada em 2020, e pede o ressarcimento de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos.

Envolvimento máximo 3

Segundo o MPRO, o grupo atuou entre março de 2020 e janeiro de 2021 para adquirir 100 mil testes sem registro na Anvisa, usando uma Dispensa de Licitação de R$ 10,5 milhões. O esquema teria manipulado procedimentos, direcionado contratos e entregue produtos irregulares, gerando prejuízo ao Estado.

Envolvimento máximo 4

Entre os denunciados estão o então secretário adjunto de Saúde, o gerente administrativo da Sesau, dois representantes de empresas fornecedoras e o Cônsul Honorário da Índia, todos acusados de atuar de forma organizada para garantir vantagens financeiras indevidas.

Máximo nega e…

De acordo com o site Rondoniagora, “o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) deixou um legado de suspeitas de corrupção e recebimento de propina no pior momento da Saúde pública de Rondônia, durante a pandemia da Covid-19. Ao lado do governador Marcos Rocha, Máximo também é responsável pelo fracasso da construção do novo Hospital de Urgência e Emergência, que viria substituir o Pronto Socorro João Paulo II. Máximo e Rocha venceram as eleições em cima de uma grande farsa sobre a melhoria da Saúde rondoniense ao utilizar caminhões e máquinas do próprio Estado para teatralizar uma construção de um hospital que já sabiam que nunca sairia do papel”.

Máximo nega e…2

Máximo demonstrou desprezo a vida humana, quando questionado pela Polícia Federal sobre seu envolvimento na Operação Polígrafo, disparou: “Iriam morrer de qualquer forma”. O ex-secretário de Saúde tentou justificar a compra de 100 mil kits de testes da Covid de uma empresa de fundo de quintal e sem o devido registro da Anvisa. No dia 16 de agosto, a Polícia Federal realizou a terceira fase da Operação Polígrafo. Máximo foi responsável pela negociação e compra do material, pagou R$ 3 milhões adiantados e ainda determinou que o Corpo de Bombeiros utilizasse um avião da corporação para buscar os testes.

Máximo nega e…3

Envolvido no esquema, Máximo foi chamado a Polícia Federal. Em seu depoimento, tentou justificar a compra, alegando que não havia teste disponível no mercado, e afirmou a famosa frase de que as pessoas infectadas iriam morrer de qualquer maneira. Ou seja, com teste funcionando ou não a sentença de morte já era certa. As palavras foram ditas por quem utilizou a palavra de Deus e a fé alheia de milhares de evangélicos para galgar um cargo público eletivo. Hoje, ele desfila nos eventos religiosos, chegando a chorar durante suas orações, para manter cativo esse eleitorado. As informações são do Rondoniagora.

Moraes cassa Zambelli

A tentativa de reduzir as tensões entre o STF e o Congresso parece ter ido por água abaixo. No mesmo dia em que a Câmara dos Deputados rejeitou a cassação de Carla Zambelli (PL-SP), o ministro Alexandre de Moraes anulou a decisão e decretou a perda imediata do mandato da parlamentar. Na ordem, Moraes afirmou que a Constituição determina que, em caso de condenação criminal transitada em julgado, cabe ao Judiciário declarar a perda do mandato, restando à Mesa da Câmara apenas formalizar o ato. Para o ministro, a votação da madrugada de quinta-feira — que teve 227 votos pela cassação, abaixo dos 257 necessários — foi “nula” e afrontou os incisos III e VI do artigo 55 da Constituição. Moraes apontou violação aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade e determinou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), dê posse ao suplente no prazo máximo de 48 horas. A Primeira Turma do STF deve decidir ainda hoje, no plenário virtual, se mantém a ordem do ministro. (Metrópoles)

Moraes cassa Zambelli 2

A reação de Moraes já era esperada. Ministros do Supremo passaram o dia criticando a decisão da Câmara, classificada como “inaceitável”. A avaliação interna é de que houve tentativa de desmoralizar o STF e descumprimento frontal de ordem judicial. Os ministros também estavam revoltados porque, como conta Malu Gaspar, Motta havia prometido em conversas particulares com eles que a deputada seria cassada. Zambelli foi condenada definitivamente por participar da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o que, segundo jurisprudência do STF desde o caso Daniel Silveira, implica a cassação imediata do mandato. (Globo)

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Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), atacou o ministro Alexandre de Moraes. Em nota, Sóstenes afirmou que Moraes “abusa do próprio poder” e classificou o ministro como “ditador psicopata”. Segundo o parlamentar, a decisão representa “usurpação institucional” e desrespeito à soberania do Legislativo. (CNN Brasil)

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Segundo especialistas, o imbróglio de Zambelli se deve a interpretações diferentes do artigo 55 da Constituição. Um inciso fala da cassação por perda dos direitos políticos e outro por condenação criminal, feitas, respectivamente, pela Mesa da Câmara e pelo Plenário. Para Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral, Motta escolheu aplicar o dispositivo que lhe interessava politicamente. (Folha)

Motta isolado

O presidente da Câmara, Hugo Motta, está cada vez mais isolado. Depois de entrar em crises consecutivas com os partidos da base do governo, da oposição e do Centrão, agora Motta tem sido criticado pelo seu padrinho político e antecessor, Arthur Lira (PP-AL). A aliados, Lira afirmou que Motta “está perdido”, que foi “humilhado por Glauber [Braga (PSOL-RJ)]” e que não recebeu solidariedade de parlamentares durante a sessão. O deputado fluminense, acusado de agredir um militante do MBL dentro do Plenário, chegou a ocupar a cadeira de Motta para obstruir a sessão que votaria sua cassação, foi retirado à força pela Polícia Legislativa e, no fim, sofreu apenas uma suspensão por seis meses. Segundo interlocutores, Lira criticou especialmente a decisão de Motta de pautar, sem acordo prévio, as representações contra Glauber e Carla Zambelli (PL-SP). (Globo)- Charge Orlando

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Acuado depois de um ano de intensas crises e polêmicas e sem conseguir mostrar a liderança necessária para comandar a Câmara, Motta tenta agora sair dos holofotes. A aliados ele disse estar “cansado de ser refém das polêmicas” que se acumulam tanto da esquerda quanto da direita e declarou intenção de “zerar a pauta” de temas ruidosos. (UOL)

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Publicamente, no entanto, Motta tentou demonstrar força e independência. O presidente da Câmara rebateu as críticas de Lira sobre sua condução na votação que livrou Glauber Braga da cassação. Em nota, Motta afirmou que a presidência da Casa “não se move por conveniências individuais, nem deve servir como ferramenta de revanchismo” (g1)

Eleições 2026

O ano nem acabou, e as eleições de 2026 já estão movimentando de forma acelerada o mundo político. Nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que pode deixar o governo em 2026 para colaborar diretamente com a campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas descartou concorrer a algum cargo eletivo. “Eu não pretendo ser candidato em 2026, mas quero dar uma contribuição para pensar o programa de governo, para pensar como estruturar a campanha [de Lula]”, disse o ministro, que afirmou já ter discutido o assunto com o presidente. (Globo)

Eleições 2026-2

No Centrão, a pré-candidatura de Flávio Bolsonaro parece não emplacar. O presidente do PSD, Gilberto Kassab, afirmou que, se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não disputar a Presidência em 2026, o partido deve lançar Ratinho Jr. (PR) ou Eduardo Leite (RS) ao Planalto. Kassab afirmou que Tarcísio continua sendo “o melhor nome” para a sucessão presidencial e que apoiará qualquer decisão do governador. (Poder360)

Eleições 2026-3

Mas Flávio Bolsonaro não dá sinais de desistência. Nesta quinta-feira ele almoçou com empresários em São Paulo na tentativa de tirá-los da órbita de Tarcísio. A conversa, segundo participantes, se concentrou em assuntos econômicos, com o senador prometendo retomar as políticas de Paulo Guedes, ministro da Economia no governo de seu pai. (Estadão)

Lula e Maduro

Depois de um afastamento após o Brasil não reconhecer o resultado das eleições venezuelanas em 2024, Lula voltou a se aproximar de Nicolás Maduro. Os dois conversaram por telefone para tratar da crescente pressão militar dos Estados Unidos sobre a Venezuela, no primeiro diálogo desde a eleição. Assessores de Lula afirmam que a retomada do diálogo pode ter papel importante caso o Brasil seja solicitado a intermediar algum entendimento entre o regime chavista e o governo de Donald Trump. (Globo)

Trump x Maduro

A Casa Branca informou que o petroleiro de grande porte apreendido por forças dos EUA próximo à costa da Venezuela será conduzido a um porto americano e terá sua carga de petróleo confiscada. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que o navio foi abordado por agentes americanos na quarta-feira e que o governo pretende reter o petróleo, seguindo o procedimento legal exigido para esse tipo de apreensão. De acordo com analistas do setor, a embarcação havia carregado 1,1 milhão de barris de petróleo de forma clandestina em novembro e seguia em direção a Cuba. (CNBC)

Dois milhões sem luz

Após mais de dois milhões de residências ficarem sem luz desde quarta-feira, em São Paulo, por conta dos fortes ventos que atingiram o estado, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu, nesta quinta-feira, a intervenção do governo federal na Enel. Afirmando que o desempenho da concessionária é “absolutamente insuficiente”, ele alega que a competência da distribuição de energia é federal, salientando a responsabilidade do Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Tarcísio evitou críticas ao modelo privado de gestão e criticou especificamente a Enel. Em nota, o Ministério de Minas e Energia informou ter iniciado, junto à Aneel, uma força-tarefa para acelerar o restabelecimento de energia. (Estadão)

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas, barba e árvore de Natal(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

Informações para a coluna:  [email protected]

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