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segunda-feira, dezembro 29, 2025
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Coluna Zona Franca

Por Roberto Kuppê (*)

Redano governador

Faleceu na madrugada desta segunda, 29 de dezembro de 2025, no Hospital de Amor da Amazônia, o conselheiro do Tribunal de Contas de Rondônia, Valdivino Crispim de Souza. Com a morte de Crispim, um nome volta a circular nos bastidores da política rondoniense para se tornar conselheiro da Corte. Trata-se do vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil), que recebeu o convite há alguns meses do governador Marcos Rocha (União Brasil), como arranjo para ele não assumir o governo em abril de 2026. Caso aceite, quem assumiria na renúncia do governador seria o presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos), que com certeza iria disputar a reeleição. Com chances de se reeleger devido à alta rejeição do favorito senador Marcos Rogério (PL-RO).

Redano governador 2

Os bastidores da política rondoniense vão esquentar nos últimos dias de 2025. A possibilidade de Alex Redano assumir o governo de Rondônia em abril de 2026 é grande. O vice-governador Sérgio Gonçalves já está ciente de que não tem chance para se reeleger governador caso assuma a titularidade. Um fato é certo: Marcos Rocha vai disputar o Senado e o cargo de governador vai ficar vago em abril.

Emendas prá desmatar

Pode ser uma imagem de texto que diz "POLTICA બ NOTÍCIAS Bagattoli entrega equipamentos agricolas para fortalecer a agricultura familiar de Porto Velho e Candeias do Jamari Senador entregou maquinários a associações que apoiam o pequeno produtor rural JAIME BAGATTOLI SENADOR"Levantamento do jornal Folha de São Paulo, com repercussão na Globo News, dá conta de que parlamentares rondonienses destinaram emendas  para o setor do agronegócio, responsável por boa parte do desmatamento em Rondônia. Líder em desmate, Rondônia recebeu 1 a cada 3 máquinas pesadas pagas com emendas na Amazônia. Rondônia foi o estado que mais recebeu máquinas pesadas compradas com recursos de emendas parlamentares na região desde 2015, com mais de 30% do total. Foram 507 equipamentos ao custo de R$ 319 milhões em verbas públicas em uma década.

⁠Efeito Lula

Uma pesquisa do Datafolha aponta crescimento do otimismo dos brasileiros para 2026, com 69% dos entrevistados afirmando que esperam melhora na situação pessoal em relação a 2025. O índice representa alta de nove pontos percentuais na comparação com o levantamento realizado no fim do ano passado e marca o maior patamar registrado no atual ciclo do governo federal.

⁠Efeito Lula 2

De acordo com o instituto, 16% avaliam que a situação pessoal deve permanecer igual no próximo ano, enquanto 11% acreditam em piora. Outros 3% não souberam responder. O levantamento mostra recuperação consistente da confiança individual, após 2025 ter sido o período com menor expectativa positiva desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

⁠Efeito Lula 3

O otimismo também aumentou em relação ao país como um todo. Para 60% dos entrevistados, 2026 será melhor para os brasileiros em geral, ante 47% no levantamento anterior. O resultado iguala o nível observado na virada de 2022 para 2023, logo após a eleição presidencial, quando a percepção positiva sobre o futuro nacional estava em alta.

Movimentação de pessoas na rua 25 de Março, em São Paulo – Rafaela Araújo – 16.jul.25/Folhapress

A pesquisa revela diferenças relevantes entre grupos sociais. Mulheres demonstram mais confiança do que homens, assim como pessoas com menor escolaridade e renda mais baixa. Entre os que recebem até dois salários mínimos, 72% projetam melhora pessoal em 2026. No recorte regional, o Nordeste lidera o otimismo, com 75%, enquanto o Sul registra o menor índice, com 65%.

⁠Efeito Lula 4

O levantamento também indica forte relação entre expectativa positiva e avaliação do governo. Entre eleitores de Lula em 2022, 78% esperam melhora pessoal em 2026. Já entre os que votaram em Jair Bolsonaro, o percentual cai para 61%. Entre os que aprovam o governo federal, o otimismo chega a 79%, enquanto entre os que desaprovam recua para 59%.

⁠Efeito Lula 5

Economistas ouvidos pela Folha associam o aumento da confiança ao desempenho recente da economia, com desemprego em mínima histórica e inflação dentro da meta, segundo dados do IBGE. Apesar da expectativa de desaceleração em 2026, analistas avaliam que o mercado de trabalho deve seguir aquecido e que programas do governo tendem a sustentar a atividade, ainda que com impacto fiscal.

PT lidera preferência

O PT continua sendo o partido preferido dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta semana. A legenda do presidente Lula é citada espontaneamente por 24% dos entrevistados, mantendo a liderança que ocupa de forma contínua desde o fim da década de 1990.

PT lidera preferência 2

Na segunda colocação aparece o PL, partido ao qual é filiado o ex-presidente Jair Bolsonaro, com 12% das menções. O índice representa o maior patamar já alcançado pela sigla desde o início da série histórica do Datafolha, em 1989, e confirma a consolidação do partido como principal força da direita no país.

PT lidera preferência 3

Desde o início do terceiro mandato de Lula, a preferência pelo PT tem se mantido estável, oscilando entre 23% e 27%. O maior percentual recente foi registrado em setembro de 2022, durante a campanha presidencial, quando o partido chegou a 31% das citações espontâneas.

Corte de quase R$ 500 mi

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou, em seu site oficial, uma nota manifestando profunda preocupação com os cortes aprovados pelo Congresso Nacional no orçamento das universidades federais. Uma das áreas mais prejudicadas é a da assistência estudantil, cujas ações destinadas a estudantes de baixa renda permitem que eles permaneçam nos espaços de ensino até a conclusão do curso.

Corte de quase R$ 500 mi 2

A redução foi anunciada durante a tramitação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, na última sexta-feira (19). De acordo com cálculos feitos pela Andifes, o orçamento originalmente previsto para o próximo ano para as 69 universidades foi cortado em 7,05%, o que significa uma redução de R$ 488 milhões nos recursos dessas instituições de ensino público. De acordo com o comunicado da associação, a limitação dos recursos incide de forma desigual entre as universidades e atingem todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

Pode ser uma imagem de uma ou mais pessoas, barba, pessoas sorrindo e óculos(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político,  com informações do Canal Meio

O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

Informações para a coluna:  [email protected]

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