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sábado, julho 5, 2025

Coluna Zona Franca Especial de Sábado

                                  Vitória da esquerda

 

 

Jerônimo Rodrigues, Lula e Janja A mais recente análise do instituto Quaest sobre o debate político nas redes sociais apontou que o governo Luiz Inácio Lula da Silva saiu vitorioso no embate digital com o Congresso Nacional, impulsionado pela crise envolvendo o decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Segundo o levantamento, 61% das menções ao Congresso foram negativas, enquanto apenas 11% dos conteúdos citando o Executivo tinham esse tom.

Vitória da esquerda 2

A pesquisa da Quaest analisou mais de 4,4 milhões de postagens feitas entre os dias 24 de junho e 4 de julho em redes como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook, YouTube e em sites de notícias. No período, o conteúdo sobre o embate entre Legislativo e Executivo alcançou, em média, 32 milhões de contas por hora. O resultado revela não apenas o elevado engajamento do tema, mas também uma inversão na dinâmica tradicional do desgaste político digital, que geralmente recai sobre o governo, segundo aponta reportagem do Valor.

‘Inimigos do povo’ 

A hashtag #InimigosDoPovo foi uma das mais utilizadas nas publicações analisadas, aparecendo em cerca de 300 mil menções. No total, 18% das postagens traziam esse termo, enquanto “Congresso da mamata” surgiu em 13%. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi mencionado diretamente em 8% das postagens, refletindo a personalização das críticas ao Parlamento.

‘Inimigos do povo’  2

Pode ser uma imagem de texto que diz "Vamos taxar bancos e casas de aposta." Exagero, coitados! Hugo Motta: E se a gente desse aposentadoria + salário integral pro deputado? Aprovado! Viva a respon- sabilidade fiscal CONGRESSO INIMIGO DO POVO RICOS PAGUEM A CONTA"A revolta virtual cresceu especialmente após o dia 25 de junho, quando o Congresso votou pela derrubada do decreto presidencial que aumentava a alíquota do IOF, medida que fazia parte da estratégia do governo para ampliar a arrecadação e equilibrar as contas públicas. O episódio levou o governo a recorrer ao Supremo Tribunal Federal e gerou forte mobilização digital contra o Legislativo.

Lula não foi o foco da insatisfação

Ao contrário do que ocorreu em outras crises políticas recentes, como o escândalo de fraudes no INSS ou o anúncio do aumento do IOF, em que Lula teve 77% e 76% de menções negativas, respectivamente, neste episódio o presidente foi citado em 15% das postagens — das quais 45% foram positivas, 31% negativas e 24% neutras.

Lula não foi o foco da insatisfação 2

Segundo o relatório da Quaest, isso demonstra que “Lula não é o foco central do desgaste atual”, e o governo conseguiu reposicionar a narrativa, associando o impasse ao Congresso e não à Presidência. Os dados revelam que, ao contrário de outras disputas, a campanha digital governista conseguiu mobilizar a opinião pública de forma eficaz.

Esquerda mais engajada do que a oposição

Outro dado que surpreendeu os analistas foi a prevalência do discurso governista nas redes, superando inclusive a tradicional vantagem da oposição em termos de engajamento digital. Parlamentares alinhados ao governo foram responsáveis por quase 50% dos posts sobre o tema, enquanto a oposição respondeu por apenas 31,5%, índice abaixo do registrado em outras crises — como no caso do INSS, quando a oposição dominou com 51% das postagens. Os números absolutos também ilustram essa virada. Enquanto 119 parlamentares da base aliada fizeram 741 postagens sobre a crise do IOF, os 112 congressistas da oposição publicaram 378 vezes. Parlamentares de centro contribuíram com 218 postagens, somando 18% do total.

Esquerda mais engajada do que a oposição 2

Estratégia de confronto

A atuação mais combativa da base governista — tanto no discurso quanto na mobilização digital — é interpretada pelos pesquisadores como parte de uma estratégia de confronto institucional. Segundo o relatório da Quaest, a base aliada “tensiona a relação com o Legislativo, usando o tema como instrumento de confronto político contra a oposição e retórica de responsabilização institucional”.

Estratégia de confronto 2

Essa guinada revela uma mudança de postura: diferentemente de outras crises, em que o governo era mais reativo nas redes, agora adotou uma linha ofensiva e conseguiu direcionar o foco da insatisfação popular ao Congresso, em especial ao presidente da Câmara, Hugo Motta. O levantamento da Quaest ajuda a ilustrar como o campo progressista pode vencer batalhas simbólicas e narrativas no ambiente digital, tradicionalmente dominado por forças conservadoras. Ao transformar o Congresso em alvo principal da insatisfação popular, a esquerda mostrou que, ao menos nesta crise, saiu fortalecida das redes — e com potencial de influência real sobre a opinião pública. Do Brasil 247

Foi traído, mas…

Lula avalia que foi traído por Hugo Motta, após a votação do decreto que tratava do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). No entanto, apesar do desgaste, Lula decidiu reabrir o diálogo e já enviou um recado ao parlamentar com a intenção de convidá-lo para uma conversa nos próximos dias.

Eleições 2026

Lula está tão confiante na reviravolta que já anunciou que será candidato à reeleição. Nesta sexta-feira (4), Lula disse que deve disputar um novo mandato em 2026. Em discurso durante cerimônia de anúncio de investimentos da Petrobras no setor de refino e petroquímica, em Duque de Caxias (RJ), Lula afirmou que o país poderá eleger pela primeira vez um presidente por quatro mandatos.

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“Tem gente que pensa que o governo já acabou. Tem gente que já está pensando em eleição. Eles não sabem o que eu estou pensando”, afirmou o presidente. “Então se preparem, se preparem, porque se tudo estiver como eu estou pensando, esse país vai ter pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”, completou, em tom desafiador. A fala ocorre em meio a um momento de tensão entre o Executivo e o Congresso Nacional, principalmente por conta da proposta de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), criticada por lideranças parlamentares. Ainda assim, Lula fez questão de destacar que valoriza o diálogo com o Legislativo.

Com conteúdo e propostas, o MDB sai na frente

Pode ser uma imagem de 9 pessoasNa manhã de ontem, 4, na sua sede estadual, aconteceu o Encontro Estadual do
MDB de Rondônia denominado O Brasil precisa pensar o Brasil, que tem como
objetivo debater os problemas estruturais do país – e apontar soluções. Organizado
pela Fundação Ulysses Guimarães – FUG, o evento acontece em todos os estados
e suas deliberações e conclusões orientarão os programas de governos dos candidatos da sigla nas eleições de 2026.

Com conteúdo e propostas, o MDB sai na frente 2

Quem esteve no evento pode assistir palestras de alto nível, com temas relevantes
para o Brasil e para Rondônia. Além disso, puderam ouvir a fala do ex-ministro da
Defesa Aldo Rebelo, atualmente filiado ao MDB, que versou sobre como equilibrar desenvolvimento econômico e meio ambiente. Do mesmo modo, chamou a atenção a qualidade da exposição do ex-governador e ex-secretário de Pernambuco, Raul Henry, sobre a importância da educação pública e de qualidade para o desenvolvimento do Brasil.

Com conteúdo e propostas, o MDB sai na frente 3

O ex-vice-governador de Rondônia, ex-deputado federal Miguel de Souza e
atualmente consultor do Senado Federal, por sua vez, decodificou os problemas de
infraestrutura logística no país – e como estes impactam no chamado Custo Brasil. A
exposição de Souza trouxe dados atualizados e fartos sobre a produção nacional –
e de Rondônia – e em quais modais logísticos ela se distribui internamente até
chegar aos países compradores.

Com conteúdo e propostas, o MDB sai na frente 4

Na sua palestra, cuja pauta foi sobre os impactos das mudanças climáticas na
Amazônia, Caê Moura, gerente do Centro Gestor e Operacional do Sistema de
Proteção da Amazônia CENSIPAM fez uma fala dramática sobre a situação
climática atual do planeta, da Amazônia e de Rondônia. Enfatizando que
desempenhava o papel de “mensageiro de notícias não boas”, Caê Moura alertou
para a realidade que já é parte da vida de cada um de nós – e da urgência em
despertamos para a sua gravidade.

A Democracia

Está no ar o novo A Democracia, site de notícias políticas com sede em Brasília. Com novo visual e novas categorias de notícias, o portal enfatiza os bastidores da política nacional, regional e internacional, com destaque para as eleições de 2026. A direção geral do AD é deste articulista político.

Reforma administrativa

Pode ser uma imagem de 4 pessoas e texto que diz "AD AVANÇOS PRA PORTO VELHO! と"A recente reforma administrativa anunciada pelo prefeito Léo Moraes (Podemos), de Porto Velho, é digna de elogios não apenas pela ousadia e inovação que carrega, mas, sobretudo, pela escuta atenta ao sentimento da população. Em tempos em que decisões de governo muitas vezes ignoram as vozes das ruas, é alentador ver a gestão municipal caminhar na direção contrária — com sensibilidade, responsabilidade e diálogo.

Reforma administrativa 2

Um dos pontos mais emblemáticos da reforma é a sábia decisão de manter separadas as Secretarias de Agricultura e de Meio Ambiente. Essa medida, longe de ser meramente estrutural, atende a uma demanda legítima de agricultores, ambientalistas, técnicos e cidadãos que compreendem a complexidade e a especificidade de cada uma dessas áreas. No início da atual administração chegou a ser cogitada a junção das duas pastas, o que representaria um retrocesso na elaboração de políticas públicas eficazes, além de colocar em rota de colisão interesses que, embora devam caminhar em harmonia, não podem ser tratados como idênticos.

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A Agricultura precisa de uma secretaria que compreenda o ciclo da produção, o apoio técnico aos pequenos produtores, o escoamento da safra, o fortalecimento da agricultura familiar e o incentivo à economia rural. Já o Meio Ambiente exige estrutura própria para cuidar da preservação dos nossos recursos naturais, fiscalização ambiental, educação ecológica e sustentabilidade urbana e rural. Misturar tudo isso em um único órgão é negligenciar a complexidade de cada área e dificultar a execução de políticas públicas eficazes.

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Ao manter as secretarias separadas, Léo Moraes demonstra não apenas conhecimento técnico, mas também respeito ao clamor popular e compromisso com o desenvolvimento sustentável de Porto Velho. Em uma capital marcada por desafios históricos no campo e na floresta, acertar na estrutura administrativa é dar um passo firme em direção a uma gestão mais eficiente e democrática. (Édson Silveira)

Fernando Máximo

De olho em 2026, Léo Moraes exalta Fernando Máximo durante evento em Vilhena: “Ano que vem reserva grandes notícias”A coluna não conseguiu falar com os dirigentes do Podemos, nem com o prefeito Léo Moraes, mas, tudo indica que o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), deverá ser o candidato ao governo de Rondônia com apoio do chefe do executivo municipal. É o que o site Rondônia Dinâmica destacou. Léo Moraes usou um evento em Vilhena para enaltecer o deputado federal Fernando Máximo, em um discurso que soou como sinal claro de alinhamento político. A ocasião foi a inauguração da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vitalina Gentil, realizada na quarta-feira (03), no município comandado por Flori Cordeiro, também do Podemos. Durante o ato, Léo Moraes fez um discurso caloroso em homenagem ao parlamentar, sugerindo que o futuro político de Máximo está em ascensão. “Ano que vem reserva grandes notícias para o nosso deputado Fernando Máximo”, declarou o prefeito, que ainda classificou o deputado como “um grande líder, sujeito ponta firme, leal e amigo”.

Breakfast

Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.

(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Mais RO não tem responsabilidade legal pela opinião, que é exclusiva do autor.

Informações para a coluna:  [email protected]

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