Impressionante
É estarrecedor e impressionante o quanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seus ex-ministros, além de seus seguidores, são useiros e vezeiros em negar os fatos e terceirizar a culpa de seus erros. Agora estão dizendo que o genocídio dos indígenas Yanomani não existe, que tudo é armação de Lula para prejudicar Bolsonaro. Chega a ser cômico se não se tratasse de uma tragédia.
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Reportagem do G1 de novembro de 2021 desmente alegação de Bolsonaro de que o seu governo deu assistência médica aos povos yanomamis. O culpado dessa tragédia tem nome e sobrenome: Jair Bolsonaro. Ele precisa ser responsabilizado!
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Para prejudicar Bolsonaro não se precisa fazer absolutamente nada. Ele mesmo dá conta da missão. Com uma competência impressionante. Por exemplo, as motociatas. A cada evento com motociclistas numa cidade visitada, ele gastava em torno de 100 mil reais no cartão corporativo. Nesses eventos aos quais ele era acompanhado por até 300 militares, tinham como único propósito promover a figura do ex-presidente sem qualquer ação pública a ser anunciada.
Culpados, sim
São culpados diretamente pelo genocídio Yananomami Jair Bolsonaro, ex-presidente, Sergio Moro, ex-ministro da Justiça e Damares Alves, ex-ministra dos Direitos Humanos, Queiroga e Pazuello (Saúde) Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente. Que esses nomes constem no banco dos réus em Haia pelo massacre contra o povo ianomâmi, que levou à morte de centenas de crianças. Salles, durante reunião ministerial, disse com todas as letras para aproveitar atenção dada à pandemia e passar a boiada.
Pistas bloqueadas
Com a anuência do ex-governo, garimpeiros tomaram bases de saúde, botaram fogo em uma delas e tomaram as pistas de pouso. Estavam armados com metralhadora controlando todas as pistas de pouso dentro do território Yanomami. Nas pistas de pouso que ainda podiam ser usadas pelos profissionais de saúde, nem sempre era possível encontrar uma aeronave do governo para fazer o transporte. Na última semana de dezembro passado, quatro crianças Yanomami morreram sem poderem ser socorridas, pois o helicóptero de resgate estava quebrado.
Bizarros
Nas redes sociais bolsonaristas criticaram o fato de que não tinha muito lulistas recepcionando o presidente em Boa Vista. A preocupação deles é só com o volume de pessoas. O fato é que Lula não foi à Roraima a passeio, como se comportou Bolsonaro em suas motociatas custeadas pelos cofres públicos.
A bruxa
Enquanto crianças yanomamis morriam de desnutrição, Damares se preocupava com bruxas em salas de aula. A periculosidade do governo bolsonaro se dava justamente porque havia um desprendimento por parte de seus membros e ministros do mundo real. Eles criavam um mundo paralelo baseado em suas crenças e ideologia e desconsideravam as reais chagas do país.
Patriotários
Patriota alucinada sai da cadeia feliz porque a prisão “tinha um propósito de Deus” e prometendo que “a luta continua, a bandeira continua levantada”.
Lula na Argentina
O presidente Lula foi recebido na Argentina como um pop star, tamanha a importância dele para a América Latina. No país de Carlos Gardel, Lula terá reuniões com o presidente argentino, Alberto Fernández, e com representantes do setor privado do país, para fortalecer a relação de parceria entre os países, além de aprofundar a cooperação pelo desenvolvimento da região e o melhor para a população dos dois países.
Força Nacional
Portaria publicada hoje (23) no Diário Oficial da União (DOU) prorroga até o dia 4 de fevereiro o uso da Força Nacional no Distrito Federal. A medida é mais um desdobramento preventivo após os atos terroristas no dia 8 de janeiro, na capital, quando radicais de extrema-direita invadiram e depredaram o Palácio do Planalto e os prédios do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
Protelando
Marcado para hoje, segunda-feira, o segundo depoimento do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, à Polícia Federal é cancelado. Torres tem muito a falar (delatar), por isso se mantém calado. Não há nova data prevista para colher este importante depoimento.
Mercado nervoso?
Os empresários Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, que protagonizaram a maior fraude contábil da história do Brasil nas Lojas Americanas, antes de anunciar uma recuperação judicial que significará um calote de até 90% em seus 16 mil credores, entre bancos e fornecedores, divulgaram um comunicado neste domingo, em que tentaram se isentar de responsabilidade criminal no caso. O impressionante é que o mercado não ficou nervoso com esse golpe.
Mercado nervoso? 2
O escândalo culminou com um calote bilionário nos credores, que terá como consequência maiores restrições no mercado de crédito privado, com repercussões negativas no crescimento econômico. Além disso, os funcionários perderam seus empregos, dezenas de milhares de investidores viram seus recursos virarem pó e mais de mil fundos de investimento, até mesmo de renda fixa, foram negativamente afetados.
Mercado nervoso? 3
Para completar a catástrofe, os controladores se negaram a capitalizar a empresa, mesmo depois de terem recebido, durante vários anos, dividendos sobre lucros forjados. Além de fraude aos credores, o caso também tem indícios de fraude tributária. E os donos da empresa, que são os principais propagadores da tese da “meritocracia”, com forte influência na agenda pública, ostentam um estilo de vida luxuoso, com bens como iates, helicópteros e jatinhos de altíssimo luxo.
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