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sexta-feira, setembro 12, 2025

Coluna Zona Franca, por Roberto Kuppê

Chico Alencar

O deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) se lançou candidato à presidência da Câmara dos Deputados. De dois em dois anos o PSOL lança candidato próprio. Nas vezes anteriores foi a Erundina. Salutar, normal e democrático. Nesta legislatura que inicia em fevereiro, o PT que agora é governo, precisaria eleger o presidente da Mesa, mas desta vez não vai dar. E nem vai dar para o PSOL também. Não tem votos suficientes.

Chico Alencar 2

Chico disse que o presidente Lula “pagará caro” pelo apoio do PT à recondução de Arthur Lira. Em entrevista ao Globo, Chico Alencar admitiu que não tem chances de derrotar Lira, mas ressaltou a importância de sua candidatura como uma forma de marcar oposição ao atual presidente da Câmara.

Arthur Lira

Não tem tu, vai tu mesmo. Lula está apoiando a recondução do atual presidente, Arthur Lira (PP-AL), cria de Bolsonaro. “Ah, o Lula vai ficar refém do Lira”. Queridos, Lula já está refém do Congresso Nacional desde a aprovação da PEC da Transição! As reeleições de Lira, na Câmara e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Senado,  fazem parte do acordo celebrado em dezembro. C‘est fini.

Dormindo com o inimigo

É claro que o risco é grande. Lula vai ter que dormir na mesma cama (cama box king size), entre Lira e Pacheco durante dois anos (biênio 2023-2025). O acordo é que em 2025 os comandos das duas casas, Câmara e Senado, serão do PT e do MDB, respectivamente. Cada um cumprindo seu acordo, o governo vai caminhar com tranquilidade.

Ministros de direita

Para garantir a governabilidade, Lula nomeou a maioria dos seus ministros de direita. Tem até ministros do União Brasil. Se depender de Lula, ele terá céu de brigadeiro pela frente.

Petrobras

Em boas mãos. Jean Paul Prates é o novo presidente da Petrobras. E o geólogo Mario Carminatti foi escolhido para liderar a diretoria de Exploração e Produção. Carminatti liderou a equipe da petroleira que descobriu em 2006 o pré-sal, uma das maiores descobertas de petróleo marítimo do mundo neste século.

Atos terroristas

A entrevista que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto deu, confirmando que havia um golpe sendo preparado, complicou a vida de Bolsonaro. Tanto que o ex-presidente resolveu esticar sua estada na Disney.

Guarda Nacional

O governo federal deve apresentar, nos próximos dias, a proposta de criação de uma Guarda Nacional permanente e de segurança pública para proteger os prédios públicos federais em Brasília e atuar em operações especiais em terra indígenas, área de fronteira, unidades de conservação e apoio à segurança dos estados. A informação é do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. Ele disse que a proposta de criação da nova corporação federal foi um pedido do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deve substituir a Força Nacional de Segurança, criada em 2004, no primeiro mandato de Lula.

Mini talibã

O interventor do governo federal na Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, disse que o acampamento de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro em frente ao quartel-general do Exército em Brasília se tornou um centro de construção de planos contra a democracia e foi central no ataque de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes. “Não era um acampamento comum… tinha toda uma estrutura montada, numa verdadeira minicidade golpista, terrorista, montada em frente ao QG do Exército”, disse Cappelli.

Hélio Doyle na EBC

O jornalista Hélio Doyle será o novo presidente da EBC

O jornalista Hélio Doyle é o novo presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Doyle trabalhou como repórter, editor e chefe de redação no Correio Braziliense, O Estado de S. Paulo, Jornal de Brasília, Opinião, Folha de S.Paulo, Rede Globo, Veja, IstoÉ, Brasil Extra, Zero Hora, Jornal do Brasil. Durante 28 anos, foi professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB). Atuou ainda como secretário de Assuntos Institucionais no Governo do Distrito Federal. É autor dos livros Assim é a Velha Política e Interregno – o feitiço de Tobago.

Lebrão na corda bamba

Metade da bancada federal eleita pelo Amapá pode mudar se a Corte julgar procedentes as ações, com impacto também nas bancadas de Tocantins, Rondônia e Distrito Federal. Estão em jogo os mandatos de Sílvia Waiãpi Sonize Barbosa (ambas do PL), Professora Goreth (PDT) e Dr. Pupio (MDB) no Amapá, além de Lazaro Botelho (PP-TO), Lebrão (União Brasil-RO) e Gilvan Máximo (Republicanos-DF).

Lebrão na corda bamba 2

Como a norma questionada vale para todas as eleições proporcionais, a composição dos legislativos estaduais definida em outubro passado também pode mudar. No sistema proporcional, os eleitos são escolhidos a partir dos votos atribuídos não apenas a cada candidato, mas também aos partidos. A definição dos eleitos se dá com o cálculo, nessa ordem, do quociente eleitoral, do quociente partidário e das “sobras” dessa conta, agora alvo de contestação no STF. Ah, o deputado Lebrão pode cair, mas não é por causa do dinheiro na cueca não.

Terroristas 

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), deu 24 horas (vence hoje) para que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre um pedido em que o grupo de advogados Prerrogativas pede a suspensão da posse de deputados federais bolsonaristas, marcada para 1º de fevereiro. André Fernandes (PL-CE), Carlos Jordy (PL-RJ),  João Henrique Catan (PL-MS),  Luiz Ovando (PP-MS),  Marcos Pollon (PL-MS),  Nikolas Ferreira (PL-MG),  Rafael Tavares (PRTB-MS),  Rodolfo Nogueira (PL-MS), Sargento Rodrigues (PL-MG),  Silvia Waiãpi (PL-AP) e  Walber Virgolino (PL-PB) podem perder seus mandatos antes de assumir.  O grupo de juristas argumenta que os congressistas eleitos e reeleitos endossaram os atos terroristas realizados em 8 de janeiro. Seria bom, mas dificilmente isso ocorrerá. Anota aí: MPF não acatará decisão de Xandão e manterá a posse dos eleitos e diplomados.

Coronel Marcos Rocha

O governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha (União Brasil), esteve em Brasília, mas não faz referência a Lula em suas redes sociais. Não tem fotos no evento, apenas vídeos  gravados falando do  encontro e suas demandas. Assim como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), Marcos Rocha não desceu do palanque e ainda acha que Bolsonaro vai ressurgir num cavalo alado prateado empunhando uma espada.

Porto Velho Oeste

A cidade de Porto Velho está disputando com o Rio de Janeiro. No turismo? Não, claro que não. Em violência, em mortes, em assassinatos. Capital de Rondônia, estado que tem mais clubes de tiros do que farmácia, Porto Velho é a reedição do velho oeste americano, quando tudo se resolvia a bala. Ah, e não é só na capital, não. Todo o estado de Rondônia está violento. Cadê o coronel?

 

 

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