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domingo, outubro 5, 2025

Confúcio engrossa o caldo

Por Ciro Andrade

Depois de falas exaustivas dos diversos representantes, (incluindo declarantes de votos a
MRocha), ao final, o brilho do evento voltou a esperada tonalidade e ganhou a coloração
imaginada. Neste dia 04.10.25, Ji-Paraná sediou um evento que foi além das expectativas. Provou que a esquerda, bem como o campo de centro progressista está vivo.

Nas entrelinhas, a apresentação antecipada de candidaturas de novas personalidades que
embora conhecidas no meio social, já se movimentam com certo destaque. A fala dos dirigentes partidários é quase sempre a retórica repetida sobre os feitos de Lula. Isto
demonstra a urgente necessidade de contextualizar para o futuro governo através de planos e programas já que é visível a cruel realidade em que Rondônia está submergida.

Compactuo com a ideia de articular as chapas proporcionais visando a eleição de bom número de parlamentares estaduais e federais. Este detalhe passa essencialmente pela construção de cada sigla abdicando das vaidades de seus dirigentes O ideal seria uma grande federação com PT, PDT, PSB, PSOL, PV e PCdoB, assim com certeza haveria a possibilidade de eleger, de dois a três deputados federais e, ainda, de três a cinco estaduais.

Para o Senado, vivemos um momento de muita apreensão. Dependemos do rompimento dessa barreira hostil criada pela extrema direita que alimenta o ranço contra candidaturas pró Lula. Já notamos o desmoronamento do fenômeno dado aos fatos noticiados onde as lideranças bolsonaristas estão sendo desnudadas pelo judiciário e, quanto mais tentam justificar com vitimismo, mais cometem crimes.

O momento é agora!

Precisamos retomar o rumo do crescimento de Rondônia, não só o econômico (hoje atende
apenas os abastados), mas também nos aspectos social, ambiental e cultural. E isto precisa
estar na ótica dos dirigentes que compõem a caminhada esperança.

Ao final do encontro o senador Confúcio Moura tascou farinha no angu. Engrossou a fala e
mostrou parte das vísceras da política local. Aquilo que os opositores usam como gancho para atacar Confúcio, na verdade, ganha dimensão contrária a eles. O atual governo não têm projetos que resolvam as demandas ambientais.

É notória a ausência de políticas nas áreas de saúde e educação, a falta de atenção ao
processo produtivo, em especial da agricultura familiar, da falta de política de industrialização ou transformação de produtos, enfim, são fatores que estampam o tamanho do abismo que meteram Rondônia.

Tudo isso está no radar de Confúcio.

Mas os partidos precisam se organizar para transformar isto em projetos e programas de médio e longo prazo (porque o paliativo estamos vendo que não deu certo). Envolver a sociedade civil através das políticas territoriais é fundamental. Caso não estabeleçam a regra programática do governo corre-se o risco de vermos um estado loteado, atendendo interesses de deputados eleitos que não estão e nem estarão defendendo a caminhada.
Confúcio deixou isso bem claro!

Rondônia precisa fazer o dever de casa, aproveitar a generosidade do presidente Lula e
construir espaços de crescimento dentro dessa diversidade, exemplificando a questão
ambiental como bandeira de vida planetária e não como cabo de guerra entre ideologias.
Defender o meio não passa por debates entre direita ou esquerda, mas sim pela necessidade da sobrevivência da espécie humana.

Mais do que nunca, Confúcio estava virado no ‘Zé Telis’ (como se diz aqui no interior). E é com esse espírito que a frente partidária, a CAMINHADA ESPERANÇA, sob o comando do sábio professor Roberto Sobrinho, precisa percorrer Rondônia.

Ciro Andrade.
Urupá-RO
05.10.25.

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