“Eu ouvi lideranças, incorporei ideias e construí uma aliança vitoriosa. A nossa história é feita dessas alianças”, afirmou. Para Confúcio, este não é um momento de silêncio. “Não é hora de calar, é hora de abrir a boca. Os recursos que estão chegando aqui nunca chegaram antes”, disse, ao destacar os investimentos federais em Vilhena e em outras regiões do estado.
O evento reuniu partidos progressistas e lideranças políticas com o objetivo de fortalecer, para as eleições de 2026, projetos considerados exitosos para Rondônia e destravar iniciativas que, segundo o grupo, foram paralisadas pela atual gestão estadual. Vilhena fica a 707 quilômetros de Porto Velho, na divisa de Rondônia com Mato Grosso.
Durante o discurso, Confúcio fez elogios ao ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, um dos articuladores dos encontros regionais. “Esses encontros expõem valores. Quero agradecer ao Roberto pelo trabalho e dizer que ele está preparado para exercer qualquer cargo neste estado”, afirmou.
O senador também fez um apelo direto à militância. “Quando eu voto em Brasília, eu apanho muito dos extremistas. Por isso, quando vocês voltarem aos seus municípios, nos ajudem. Hoje temos celular e redes sociais. Gravem vídeos, conversem, desmintam essa turma”, pediu.
Confúcio criticou o que chamou de comodismo e medo no debate político. Para ele, essa postura prejudica o avanço das políticas públicas. “Os partidos que estão aqui sempre foram bons de briga. O MDB enfrentou a ditadura militar, fomos presos e exilados, mas nunca nos faltou coragem para debater. Não faz sentido agora se calar”, afirmou.
Ao relembrar alianças históricas, citou o advogado Cícero Dantas, a quem chamou de “memória viva de Rondônia”, e destacou o apoio de lideranças e partidos como o PT, PCdoB e PDT. Lembrou do ex-vice-governador Anselmo de Jesus, de Chico Pantera e do ex-senador Assis Gurgacz. “Todos eles me ajudaram a governar Rondônia de forma honesta, competente e sem problemas”, ressaltou.
O senador também rebateu críticas por apoiar o presidente Lula. “Muita gente pergunta o que deu na cabeça do Confúcio para defender o Lula. Eu não mudei de lado. Sempre estive no mesmo lugar. Toda a minha história é pautada nessas alianças”, explicou.
Ao falar da ex-presidente Dilma Rousseff, destacou a atenção dada ao estado, especialmente durante a enchente do Rio Madeira. “Ela amava Rondônia. Veio para cá e fez coisas que nenhum outro presidente fez. Em Vilhena, os conjuntos habitacionais foram construídos com ações dela e minhas”, disse.
Confúcio também questionou críticas vindas da região do Cone Sul. “Como o Cone Sul seria contra, se as maiores obras daqui são feitas com recursos federais? O dinheiro que sustenta muitos projetos chega para Vilhena e para outros municípios”, afirmou.
Sobre as eleições de 2026, provocou o público: “Você vai eleger senador para pedir impeachment do presidente Lula? Vai votar em quem ataca o Supremo todo dia no microfone? Ou vai escolher alguém que defende a democracia e os interesses de Rondônia e do povo brasileiro?”
O senador reforçou que o presidente Lula tem apoiado a região, mesmo diante de hostilidades. “Se o presidente levasse em conta as agressões que sofre, não mandaria dinheiro para Cerejeiras, Vilhena e outros municípios”, afirmou. Citou como exemplo os investimentos superiores a R$ 200 milhões em rodovias, com melhorias em curvas, pontes e acostamentos.
Confúcio criticou prefeitos e vereadores que recebem recursos federais, mas evitam citar a origem do dinheiro. “A verdade precisa ser dita. Esses recursos vêm do Governo Federal. Temos que falar isso na feira, no mercado, em todo canto”, defendeu.
Por fim, rebateu acusações de que seria contra o agronegócio. “Fui fazendeiro por 40 anos. Como posso ser contra o agro? O maior investimento do Banco do Brasil na agricultura chega a R$ 500 bilhões”, destacou. E comparou a atuação internacional do governo Lula com a de Donald Trump. “Enquanto Trump taxou nossos produtos, Lula correu o mundo abrindo mercados e ampliando a venda de carne”, concluiu.



