O ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, foi preso nesta quinta-feira (13) durante uma operação da Polícia Federal (PF) que apura um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões.
A ação faz parte da nova fase da Operação Sem Desconto, conduzida pela PF em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU). O objetivo é desarticular uma organização criminosa que promovia cobranças associativas não autorizadas, afetando milhares de beneficiários do sistema previdenciário em todo o país.
Nomeado pelo ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, Stefanutto foi exonerado do cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril deste ano, quando o escândalo das fraudes veio a público. Segundo as investigações, o grupo criminoso atuava dentro e fora do INSS, manipulando dados oficiais para incluir descontos indevidos nas folhas de pagamento de aposentados e pensionistas.
A operação
Ao todo, a operação desta quinta cumpre 63 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares, em 15 estados e no Distrito Federal. As ações ocorrem no Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além de Brasília.
Os investigados podem responder pelos crimes de inserção de dados falsos em sistemas públicos, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação de patrimônio.
A PF ainda não informou se outros servidores do INSS estão entre os presos ou alvos da operação.


