Ser político em Rondônia tem que ter estômago de avestruz e não temer comer pedras. E não temer fantasmas do passado e nem do presente. Senão, vejamos. O senador Olavo Pires foi brutalmente assassinado no dia 16 de outubro de 1990. Os “beneficiados” pela morte dele, Valdir Raupp (PMDB) e Osvaldo Piana, enfrentaram-se na campanha de segundo turno na boa, vencendo o segundo candidato. Piana terminou o mandato e nada lhe aconteceu. Em 1995 Raupp foi eleito governador, ao lado de Emerson Olavo Pires a deputado federal. Terminaram seus mandatos e nada do fantasma de Olavo Pires amedrontá-los.
Natan Donadon foi condenado em 2009 a 13 anos de prisão, mas, em 2010 foi eleito deputado federal (um dos mais votados da legenda). Somente em 2013 teve de cumprir pena.
Roberto Sobrinho, ex-prefeito de Porto Velho, é candidato a deputado federal, mesmo depois de ser preso por corrupção.
Carlos Magno, deputado federal, é candidato a vice-governador na chapa de Jaqueline Cassol. Magno foi preso pela Polícia Federal em 2005. Tá aí, numa boa.
Jaqueline Cassol, por seu turno, já disse que não tem nada a ver com a morte de sua ex-funcionária Naiara Karine. O próprio ex-secretário da Segurança do Estado, Marcelo Bessa, disse que ela não tem nada a ver com o caso. Pelo andar da carruagem, não tem mesmo, pois o fantasma de Naiara Karine não a assombra.
Ou estes políticos citados são todos inocentes ou política não é lugar para fracos.