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Porto Velho
sábado, junho 7, 2025

Feliz Dia das Mães

Por Roberto Kuppê

Num dia qualquer de 1972, em Porto Velho, a minha mãe, dona Petronila, com 40 anos na época, me esperava em frente de casa nas Pedrinhas. Eu voltava acompanhado de um estranho, de uma viagem, de Cuiabá. Ela me recebeu sorrindo e disse: “Eu sabia que você ia voltar”. Eu tinha fugido de casa. Entrei num ônibus clandestinamente, achando que o mesmo ia para São Paulo. Parou em Cuiabá.

Desci do ônibus e passei a vagar, com sede e com fome, nos arredores da rodoviária. Avistei uma casa. Bati palmas. Dela saiu um homem que me atendeu. Me acolheu naquele momento. Tomei banho e comi na casa daquele estranho. Contei minha história para ele. Disse que era de Porto Velho e havia fugido de casa. Aquele estranho, em vez de, simplesmente me mandar embora, pois já estava sem fome, resolveu me ajudar mais ainda. Foi na rodoviária comigo e comprou minha passagem de volta. Melhor ainda, comprou uma para ele também. E foi comigo para Porto Velho. Nem tinha noção do feito daquele estranho. Chegou em casa e disse à minha mãe: “Eis o teu filho de volta”. Virou as costas e foi embora de volta para Cuiabá. Nunca mais soube dele. Ele fora um anjo na minha vida. Já em casa, de volta ao lar, minha mãe, tempos depois, foi ao Colégio Dom Bosco e conseguiu uma bolsa de estudos com o Padre Oscar. Daí em diante minha vida mudou (aí é outra história). Graças à minha mãe…

Todos os dias é o dia dela.

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