30 C
Porto Velho
segunda-feira, julho 28, 2025

Filhos homenageiam 100 anos de Eudoxia Bonifácio de Souza

HOMENAGEM DOS FILHOS— 100 ANOS DA MÃE

No dia 27 de julho foi um dia de festas no município de Castanheiras, onde houve o aniversário da matriarca da família Dias, Sra Eudoxia Bonifácio de Souza, que completou 100 anos.

O evento foi na fazenda Oscalão, de Odair Dias De Souza, popular PORONGO, atual vice prefeito de Castanheiras. Calcula-se que aproximadamente nos dois dias de festas passaram mais de mil pessoas entre familiares e amigos. Parentes do Brasil inteiro para comemorar.

Estiveram presentes a classe política da região com destaques aos senhores Carlos Magno Sub Chefe da Casa Civil do governo de Rondônia e Dr Francisco Carvalho Conselheiro do Egregio Tribunal de Contas do Estado e outros. Houve um culto de agradecimentos a Deus pela vida  e um emocionante discurso de Wilson Dias, um dos filhos de dona Eudoxia.

 

Boa noite a todos.

Hoje eu falo em nome de todos os filhos. E confesso que o coração está apertado de emoção.

Porque homenagear a nossa mãe aos 100 anos de vida… é como tentar descrever um rio com palavras. É grande demais. Profundo demais.

Mãe…

A senhora nunca precisou de muito para nos dar tudo.

Quando a comida era pouca, a senhora comia o pé do frango…

e deixava o melhor pedaço pra nós.

Quantas vezes socou arroz no pilão, ali, com as mãos calejadas, só pra ter almoço pronto na mesa?

A senhora plantava a mandioca, carpia, colhia…

pra que tivéssemos farinha, pirão, e sustento de verdade.

Nossas roupas…

feitas com amor, costuradas por suas mãos, aproveitando saco de arroz ou fardo de tecidos.

Porque mesmo sem dinheiro, a senhora nunca deixou faltar dignidade.

Quantas vezes a vimos rachando lenha, sozinha, pra acender o fogo do fogão…

ou buscando paina no mato, pra fazer os acolchoados que nos aqueciam nas noites frias do Mato Grosso do Sul, quando a geada cobria o chão.

A senhora tirava água da mina, da lata na cabeça, do poço.

Preparava o trigo que a senhora mesma plantava, pra fazer o pão nosso de cada dia.

Antes da luz elétrica chegar, viveu o tempo da lamparina, do lampião…

e nunca deixou a nossa casa ficar no escuro — porque a luz da sua fé sempre esteve acesa.

E aos domingos, mesmo com chuva ou sol forte, a senhora nos levava à igreja — de carroça, ou a pé.

Na Igreja Presbiteriana, fomos criados nos princípios da Palavra de Deus.

A senhora não sabia ler… mas se sentava ao lado do nosso pai enquanto ele lia a Bíblia pra todos nós.

E da sua boca, mesmo sem leitura, saíam orações que tocavam o céu.

Quantos retiros a senhora preparou com suas próprias mãos, lá no sítio…

fazendo comida para os irmãos da fé no barracão da olaria.

A senhora sempre foi fiel nos dízimos, nas ofertas…

contribuiu com tijolo, suor e oração nas construções das igrejas de Dourados, Panambi e Vila Cruz.

Mãe…

A senhora não era só mãe. Era costureira, cozinheira, agricultora, parteira, intercessora…

e sempre, acima de tudo, serva temente a Deus.

E mesmo cuidando da nossa casa, foi amiga da sua sogra, fiel ao seu esposo, e respeitada por todos.

Mais tarde, quando já tínhamos a olaria, a senhora passou a comandar a cozinha para alimentar os peões.

E mesmo com mais conforto, o seu coração continuava simples, grato e generoso.

Hoje nós olhamos pra senhora e vemos mais do que uma centenária.

Vemos uma história viva.

Vemos uma coluna de fé.

Vemos uma mulher que, mesmo sem querer aparecer, ensinou a todos nós o que é amar com atitudes.

Mãe… a senhora é o nosso maior presente.

Obrigado por tudo.

Parabéns pelos seus 100 anos.

Nós te amamos.

Pode ser uma imagem de 6 pessoas e pessoas sorrindo

Últimas

- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -

Relacionadas