Foi realizado ato público em memória de Rubens Paiva e de inúmeros opositores da ditadura militar que foram assassinados sob torturas naquelas dependências. O evento aconteceu na praça Lamartine Babo, Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, em frente ao famigerado quartel da Polícia do Exército, onde funcionou o DOI-CODI.
O ato, convocado pelas entidades Associação Brasileira de Imprensa – ABI, Tortura Nunca Mais – RJ e Rio pela Paz, contou com a presença de dezenas de sobreviventes daqueles horrores, de diversas entidades civis, de partidos políticos e de familiares de desaparecidos durante a ditadura militar.
Presente no evento, o jornalista Zola Xavier da Silveira, nascido em Rondônia, denunciou a ocupação, pelo exército, do Palacete Rio Madeira, sede da União Rondoniense dos Estudantes Secundaristas- URES durante o golpe civil militar de 1º de abril de 1964.
Desde então, os militares permanecem no imóvel, localizado no centro histórico de Porto Velho- RO, como uma sombra ameaçadora. Um trágico pesadelo!
O prédio foi doado à entidade estudantil através do decreto do governo Territorial nº 386 de 08/07/1963. Suas dependências também abrigaram uma representação do Centro Popular de Cultura- CPC, organismo ligado à União Nacional do Estudantes – UNE.
O fato encontra-se registrado no livro “Uma Frente Popular no Oeste do Brasil”, de autoria de Zola Xavier.

