
Localizado em frente de uma das igrejas mais antigas de Porto Velho, o Mirante III, que proporciona uma das mais belas vistas do Rio Madeira na capital, está esquecido pelas autoridades. O Mirante fica no início da Rua Herbert de Azevedo, no Bairro Arigolândia.
A velho construção, onde funcionava um bar e lanchonete “Mirante Pôr-do-Sol” ou “Tacacá da Dona Isaura”, foi um ponto muito frequentado pelos turistas, está abandonado pelos proprietários, que buscam indenização das usinas. O local está se tornando um ponto de encontro de marginais e dependentes químicos.
A queixa dos moradores, especialmente quem mora na Travessa Beira Rio, é o risco de roubos e outros crimes. No dia 13 ocorreu um homicídio no local. A jovem Fernanda Caroline Castelli, de 22 anos, morreu no Hospital depois de ser baleada na cabeça pelo seu ex-namorado enquanto estava no Mirante III.
Membros da Comunidade Nossa Senhora do Perpetuo Socorro e moradores da Travessa Beira Rio é que mantem a rua iluminada e limpa, mesmo assim sofrem com a frequência cada vez maior de marginais no local. Segundo os moradores, tem um quartel da PM há menos de dois quarteirões do local, mas é raro ver uma viatura fazendo policiamento no mirante.
Os moradores e a comunidade católica do local cobram urgência das autoridades no sentido de exigir que os proprietários cerquem o local e fechem a antiga construção para deixar de ser um ponto de encontro, e esconderijo, de marginais e usuários de entorpecentes.
Ao meio dia e nos fins de tarde, dezenas de estudantes vão até o local para admirar a beleza da vista do rio, bater papo ou namorar. Disso os moradores se orgulham, porém alguns estudantes vão até o local para consumirem entorpecentes, e isso é preocupante. Além da preocupação com o consumo de drogas, os moradores temem que estudantes sofram alguma violência, por conta dos marginais que se escondem na construção abandonada.
Texto e fotos: Dejanir Haverroth