Durante a retomada dos trabalhos no STF (Supremo Tribunal Federal) nesta sexta-feira (1º), o ministro Alexandre de Moraes afirmou que vai “ignorar as sanções que lhe foram aplicadas” e seguir seu trabalho na Suprema Corte.
“Esse relator vai ignorar as sanções que lhe foram aplicadas e continuar trabalhando como vem fazendo, tanto no Plenário quanto na Primeira Turma”, disse o ministro.
Na última quarta-feira (30), o governo dos Estados Unidos aplicou a Lei Magnitsky contra o magistrado brasileiro. As autoridades americanas acusaram Moraes de realizar uma “caça às bruxas”, praticar censura e violar direitos humanos.
Em um comunicado justificando a aplicação da lei, Scott Bessent, secretário do Tesouro dos EUA, afirmou que o ministro “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”.
“Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, adicionou.
Alexandre de Moraes ainda afirmou que o Supremo vai realizar o julgamento dos quatro núcleos da trama golpista ainda nesse semestre. Entre os réus, está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
“Nós julgaremos todos os responsáveis. Absolvendo aqueles onde não houver prova e condenando aqueles onde houver prova, mas julgando, exercendo a nossa função jurisdicional e não nos acovardando em virtude de ameaças, seja daqui ou de qualquer outro lugar”, afirmou.
Com informações da CNN