O Ministério Público de Rondônia (MPRO) apresentou, nesta quinta-feira (11), o balanço das primeiras fases da Operação Aruanã, que busca retomar o controle e garantir a proteção integral da Estação Ecológica de Samuel, entre Candeias do Jamari e Itapuã do Oeste.
A ação é realizada pelo MPRO em parceria com a Sedam e forças de segurança estaduais. A Estação Ecológica, criada em 1989 e com 71 mil hectares, é uma unidade de proteção integral — onde não é permitida ocupação humana. Mesmo assim, mais de 100 famílias invadiram a área desde 2020, causando cerca de 6 mil hectares de desmatamento.
Após decisões judiciais que ordenaram a saída dos invasores, a nova determinação emitida em outubro deste ano deu prazo de 20 dias úteis para a desocupação voluntária. A Operação Aruanã começou em 24 de novembro.
Na primeira fase, encerrada em 29 de novembro, apenas cinco invasores foram encontrados no local e devem responder judicialmente. Segundo a promotora Valéria Canestrini, o Estado retomou o controle da área e a operação reforça a proteção ambiental em Rondônia. Já o promotor Pablo Viscardi destacou que todas as abordagens foram feitas com respeito e tratamento humanizado.
A operação atua contra o desmatamento, exploração ilegal de madeira, abertura de ramais clandestinos, barracos irregulares e outras atividades que ameaçavam a biodiversidade da região. As próximas fases incluem fiscalização contínua, apreensão de equipamentos usados em crimes ambientais, destruição de estruturas ilegais e patrulhamento permanente para evitar novas ocupações.