A família do apresentador Gugu Liberato foi pega de surpresa nesta quarta-feira (21). Isso porque o número de herdeiros pode aumentar. A informação de que o apresentador pode ter mais um filho foi apresentada durante audiência que discute os rumos da fortuna deixada por Gugu.
Segundo a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, os três filhos do apresentador – João Augusto, Marina e Sofia Liberato – e a irmã dele, Aparecida, foram avisados de que um oficial de Justiça estava no local para entregá-los uma intimação.
O documento informava sobre a existência de uma ação de investigação de paternidade “post mortem” contra Gugu Liberato aberta em março.
O processo é movido por um comerciante, de 47 anos. O suposto filho do apresentador pede a reserva de sua parte da herança para caso seja comprovada a paternidade. Para a comprovação, ele solicita que os supostos parentes se submetam a exames de DNA. Caso se neguem, ele pede que o corpo do apresentador seja exumado para que o teste seja realizado.
O processo corre em segredo de Justiça.
Questionado pela reportagem da Folha de São Paulo, o advogado Nelson Wilians, que defende Rose Miriam, mãe dos três filhos de Gugu, em ação de reconhecimento de união estável, afirmou que a comprovação da paternidade invalida o testamento deixado pelo apresentador.
A intimação
Conforme o documento entregue aos familiares de Gugu, a mãe do comerciante teria conhecido “Antonio Augusto Moraes Liberato (o notório apresentador de televisão ‘Gugu Liberato’)” no segundo semestre de 1973, “em uma padaria que existia na rua Aimberê, nº 458, bairro de Perdizes”, em São Paulo.
A petição informa ainda que “a genitora” trabalhava como babá e empregada doméstica “na residência de uma família nipônica” que morava ao lado da panificadora. Ela ia ao local diariamente e era nessas oportunidades em que ela se encontrava com o apresentador, “o que, muito comunicativo, a flertava e, com o passar do tempo, houve a evolução da amizade, alguns passeios, culminando em relacionamento íntimo entre eles”.
Em 1974, depois de passar férias no litoral paulista com a família para a qual trabalhava, ela retornou e “constatou a gravidez”.
A petição diz também que a mulher chegou a procurá-lo para contá-lo “a novidade”, mas ele não foi mais encontrado no comércio e ela perdeu o contato com aquele que seria o pai de seu filho.
O comerciante nasceu em outubro de 1974, época em que Gugu tinha 15 anos. Ele não era apresentador de televisão e sequer sonhava que um dia seria um dos homens mais famosos do Brasil.
A intimação diz que quando ele iniciou sua carreira televisiva, o filho adolescente começou a acompanhá-lo à distância. Quanto atingiu a maioridade, “entendeu protelar a busca do reconhecimento da paternidade para o futuro”.
Com a morte de Gugu, em 2019, aos 60 anos, e a disputa pela herança, ele teria decidido buscar seus direitos, a partir da ação de paternidade.
Fonte: O Tempo