O PMDB E A ESCOLHA: OU DÁ OU DESCE

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O PMDB prega o vampirismo para cima de Dilma
Os dois caciques do PMDB: em pé de guerra com Dilma e o PT
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O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) já sentenciou:  “Ou a relação com governo melhora ou é melhor romper de vez”. Em meio ao fogo cruzado entre o PMDB e o governo federal, o vice-presidente Michel Temer já admite que terá dificuldades para garantir o apoio à reeleição da presidenta Dilma na convenção nacional do partido. Em conversa com deputados de Minas, Temer confidenciou que o “descontentamento na bancada federal e nos diretórios estaduais já foge do controle” e que a rebelião coloca em risco a aliança nacional. A bancada do PMDB coordena o “blocão” na Câmara, de partidos da base aliada, para atacar e chantagear o governo nas votações.

 

A ESCOLHA 

 escolha“Nós somos livres para escolher, mas não estamos livres de arcar com as consequências de nossas escolhas”, afirmou o vice-presidente Michel Temer, no encerramento do programa de dez minutos do PMDB, no horário político gratuito de TV, e que foi ao ar na noite da última quinta-feira, 27.

Na peça de propaganda, em que o partido entremeou depoimentos de populares com o de lideranças do partido no Congresso, não há qualquer menção à presidente Dilma Rousseff, que deve disputar a reeleição presidencial em companhia de Temer este ano. Em meio a uma performance de bailarinos, um coro entoa “para onde vou?”, enquanto a apresentadora realça a importância de saber fazer escolhas. O PMDB que fez questão de dizer em cadeia nacional de TV que é livre para escolher está em crise com o PT e o governo federal. A bancada do partido na Câmara reagiu ao movimento da presidente Dilma Rousseff de oferecer a pasta do Turismo para o PTB e de nomear um técnico para o Ministério da Agricultura, da cota dos deputados do partido.

Na semana passada, o PMDB articulou com outros partidos da base aliada a formação de um bloco para impor a pauta de votações na Câmara. Diversos integrantes da bancada afirmaram que o PMDB pode fazer composições estaduais que abram espaço para os adversários de Dilma na disputa presidencial, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

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Dirigentes do partido chegaram a acenar com a possibilidade de convocar uma convenção nacional para rever a participação de Temer na chapa presidencial. A alternativa seria o PMDB ficar oficialmente neutro e liberar os diretórios estaduais para compor com qualquer candidato presidencial. Neste cenário, considerado pouco provável pelos integrantes do partido, Dilma perderia o tempo do partido no horário eleitoral gratuito, que é de dois minutos e meio por bloco de 25 minutos.

A pressão do partido sobre o governo pode diminuir caso Dilma amplie o espaço peemedebista no ministério, algo que resiste a fazer. Na tarde desta quinta, a presidente recebeu Temer no Palácio da Alvorada para discutir a reforma ministerial, em um encontro que estava inicialmente agendado para a semana passada. Mas as situações regionais continuam sendo fonte de atrito: O PMDB só apoia um candidato do PT ao governo estadual no Distrito Federal e cobra o apoio dos petistas no Ceará, Goiás, Pará e Sergipe, entre outros estados.

 

+RO www.maisro.com com Claudio Humberto e Valor Econômico