Por Samuel Costa (*)
Os estudos sobre a mente humana têm mostrado um ponto essencial: nossas escolhas, crenças e ambições moldam profundamente quem somos e o que podemos alcançar. Ainda assim, muitos diminuem seus próprios sonhos apenas para serem aceitos. O impulso de agradar é humano, mas quando moldamos nossa identidade ao gosto dos outros, abrimos mão daquilo que temos de mais valioso: nossa autenticidade.
Reprimir o que desejamos causa conflito interno, estresse e frustração. A mente precisa de horizontes amplos para crescer; quando nos escondemos, ela se contrai. Por isso, pedir permissão para sonhar é, no fundo, entregar o próprio destino nas mãos alheias.
Não faça isso. Não reduza seus sonhos para caber no espaço limitado que alguns querem lhe oferecer. O brilho de quem deseja ir além sempre vai incomodar aqueles que pararam no meio do caminho. E esse incômodo não diz respeito a você, diz respeito a eles.
Aqui vale lembrar uma verdade antiga e extremamente atual:
“A inveja corrói por dentro; é pior que qualquer feitiçaria. A própria Bíblia a descreve como a doença dos ossos podres, porque destrói primeiro quem a sente antes de tocar quem é alvo dela.”
E essa é uma das maiores razões para você não entregar seu poder aos que tentam diminuir sua luz.
Pensamentos elevados e metas ousadas ampliam nossa percepção, criatividade e resiliência. Ser abundante não é soberba, é viver em coerência com o potencial que existe em você. E quem se incomoda com isso revela apenas sua própria escassez.
Sonhe alto. Sonhe livre. Sonhe sem pedir licença. Quem tiver grandeza caminhará ao seu lado. Quem não tiver ficará para trás, e tudo bem.
A vida tem um respeito profundo por quem ousa. Toda vez que você dá um passo em direção ao que acredita, cria uma espécie de movimento interno que reorganiza seus medos, fortalece sua identidade e amplia sua capacidade de enfrentar desafios. Pessoas que se autorizam a sonhar vivem com mais propósito, mais energia e mais coragem. Não porque possuem menos obstáculos, mas porque aprenderam a não negociar seus sonhos com as limitações alheias.
E, no fim das contas, é isso que diferencia quem realiza de quem apenas observa: a disposição de se manter fiel à própria luz, mesmo quando ela ofusca. O mundo sempre tentará podar quem cresce rápido demais, mas nenhum jardim floresce se todas as plantas tiverem o mesmo tamanho. A verdadeira grandeza está em aceitar que seu brilho não precisa ser compreendido. Ele só precisa ser vivido.
Quando você expande seus sonhos, é o mundo que precisa se ajustar ao seu brilho, e não o contrário.
(*) Samuel Costa é rondoniense, advogado, especialista em Ciência Política, pai da Sofia e do Samuel Jr.


