Definitivamente o Partido dos Trabalhadores (PT) é um partido unido. Sempre o foi. Desde a sua criação, o PT cobra dos seus filiados uma porcentagem sobre salários de membros ocupantes de cargos públicos em gestão comandada pela agremiação. O sucesso da arrecadação de dinheiro para Genoíno pagar a multa imposta pela Justiça é uma demonstração de que o partido é um por todos e todos por um. Com mais de um milhão e meio de filiados, o PT é o segundo maior partido do Brasil, perdendo apenas para o PMDB. Envolvidos no Mensalão, membros do partido recorreram a pedir doações pela internet. O ex-presidente do partido e ex-deputado federal José Genoíno foi o primeiro a testar a solidariedade dos companheiros. Em menos de um mês arrecadou cerca de R$ 500 mil, quantia suficiente para pagar a multa de pouco mais de R$ 450 mil. O “excedente” foi repassado ao companheiro Delúbio Soares que tinha que pagar também multa arbitrada em R$ 468 mil. Delúbio foi à internet e consegui em menos de 15 dias de campanha doações no valor de R$ 1 milhão! Novamente o excedente será repassado para o próximo petista a recorrer ao pedido de socorro dos correligionários, José Dirceu.
Mas, como um partido envolvido em escândalo tem uma legião de seguidores e correligionários firmes e dispostos a ajudar os companheiros nos momentos de precisão? É que, na ótica petista o partido não está envolvido em escândalo nenhum. Que o que ocorreu no chamado “mensalão” foram falhas de percurso, chantagens de aliados políticos e pressão da oposição para votar medidas importantes do governo no Congresso Nacional. “Não houve mensalão. Houve Caixa 2”, disseram em suas defesas.
Pelo sim, pelo não, o petista de carteirinha não abandonou o partido e, muito pelo contrário, aumentou o amor por este fenômeno criado pelo companheiro e ídolo máximo, Luís Inácio Lula da Silva. Quatro anos após deixar o governo, Lula ainda é o brasileiro de maior destaque no mundo. Como um mestiço nordestino, de origens paupérrimas e com déficit de educação formal conseguiu este feito? Embora até hoje as elites (representadas pelos tucanos) não engulam, Lula continua sendo o cara e fazendo jus a “condecoração” da revista Time que o consagrou como o líder mais influente do mundo durante o governo dele.
Lula foi considerado fomentador da preguiça e da miséria ao ampliar, recriar, e expandir ações de redistribuição de renda no país. A miséria encolheu e mais de 91 milhões de brasileiros ascenderam para vivenciar novos patamares de dignidade social. A elite disse que era apoiar o vício da preguiça, ecoando, desta feita sabendo, as ofensas coloniais sobre “nativos” preguiçosos. Era a retroalimentação do mito da “pureza ibérica”. Uma ajuda de meio salário, temporária, merece por parte da elite um bombardeio constante. A corrupção em larga escala, dez vezes mais cara e improdutiva ao país que o Bolsa Família, e da qual a elite nacional não é estranha, nunca foi alvo de tantos ataques.
A ONU acabou escolhendo o Programa Bolsa Família como símbolo mundial do resgate dos desfavorecidos. O ultra conservador jornal britânico The Economist o considerou um modelo de ação para todos os países tocados pela pobreza e o Le Monde como ação modelar de inclusão social.
E deve ter sido para manter vivo o lulismo que amigos, correligionários e filiados ao partido socorreram seus líderes, que se tornaram mártires de um sistema. Marchando para o segundo mandato, Dilma Roussef mantém o PT firme e forte. Todas as pesquisas indicam que o lulismo vai continuar. Mesmo com as elites esperneando nas redes sociais.
Fonte: +RO
Autor: Roberto Kuppê com informações da internet.