Nesta quarta-feira (21) as Polícias Civis do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Rondônia e Pará entrarão em uma greve de 24 horas em prol de melhorias nas condições de trabalho e “uma política nacional de segurança voltada para defender os cidadãos”.
De acordo com informações da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), além dos seis estados acima citados, policiais de mais 14 estados aderirão à paralização, mas apenas cruzarão os braços na quarta-feira.
Os dois sindicatos que representam os policiais civis do Rio decidiram aderir à paralisação de 24 horas. Segundo o Sinpol/RJ, a decisão foi tomada numa assembleia com cerca de 40 agentes e é uma advertência ao governo estadual. O grupo pede reajuste salarial de 80% e incorporação de gratificações. “Vamos paralisar, mas respeitaremos a lei que determina um efetivo de 40% de policiais nas delegacias”, afirmou o presidente Fernando Bandeira.
Em Brasília, o movimento dos policiais civis também manterá serviços mínimos à população: “Nós temos que manter 30% (trabalhando)”, declarou Jânio Bosco Granda, da Cobrapol, que espera mobilizar entre 8 mil e 10 mil agentes em todo o país.
Até amanhã, devem ocorrer ao menos duas outras assembleias de policiais civis – do Distrito Federal e do Rio Grande do Norte. Os policiais federais também se articulam para parar. Haverá assembleia em Pernambuco, Bahia, Alagoas, Paraíba, Ceará, Piauí, Goiás, Rondônia e Tocantis.
Em São Paulo ocorrerá uma passeata no sábado (24). Apesar do reajuste de 15,8% oferecido aos policiais federais pelo governo, os mesmos consideraram que o percentual não repõe as perdas acumuladas nos últimos anos e brigarão pela reestruturação da carreira, que permitirá um aumento em torno de 48%.
A comissão de mobilização deverá determinar nesta terça-feira (20) onde será feita a passeata em São Paulo e qual o horário.