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sábado, outubro 18, 2025

Ponte binacional sai do papel e tem início a sua construção

Tudo pronto para iniciar a construção de um sonho de mais de um século. A ponte binacional entre o Brasil e a Bolívia, ligando Guajara-Mirim à Guayaramerin, e demais países do Mercosul, será uma realidade nos próximos 1260 dias, com previsão de entrega em 15 de março de 2028.

Aconteceu ontem, em Guajara-Mirim, Rondônia, o ponto de início da construção da maior e mais importante obra no terceiro mandato do presidente Lula no estado. Na abertura do evento foi exibido um vídeo institucional no qual o senador Confúcio Moura (MDB) e ministros do governo Lula exaltaram a obra que vai gerar até 5 mil empregos diretos e indiretos, e arrecadação e impostos municipais. Ainda neste ano a obra vai gerar de 200 a 600 empregos diretos.

Presentes ao evento, além de Confúcio Moura, estavam o anfitrião, prefeito de Guajara-Mirim, Fábio Netinho (Republicanos), ex-senador Acir Gurgaz (PDT), prefeito de Nova Mamoré, Alejandro Unzueta, governador do Beni (Bolívia), prefeitos de Guayaramerin e de Riberalta, deputadas Dra Taissa (PL) e Cláudia de Jesus (PT),  Miguel de Souza (DNIT)e demais autoridades. Confúcio Moura discursou lembrando que atuou para a realização desta importante obra, enfatizando que o presidente Lula incluiu no PAC em2023.

Ponte Binacional – A ponte prevê uma travessia com extensão de 1,22 quilômetro e largura de 17,3 metros. O valor estimado para construir a obra de arte especial, acessos e complexos de fronteira é R$ 421 milhões, aproximadamente, e o prazo para execução das obras é de 36 meses.

O acesso no lado do Brasil será a partir da margem do Rio Mamoré, na cabeceira brasileira da ponte até a rótula na interseção com o acesso à ponte, no km 142,7 da BR-425/RO, com extensão aproximada de 3,7 quilômetros. Já o acesso na Bolívia, sob responsabilidade daquele país, terá aproximadamente seis quilômetros de extensão da cabeceira boliviana da ponte até a ligação definida como conveniente pelas autoridades locais.

Para os brasileiros, a construção da ponte significa a concretização do “Projeto Saída para o Pacífico” passando por território boliviano até alcançar portos chilenos. A obra visa, principalmente, a exportação de produtos brasileiros para outros continentes a custos mais compensatórios em relação aos custos de transportes que normalmente são cobrados quando esta mesma atividade é feita por meio de portos brasileiros, em função da distância.

E para os bolivianos, significa a consolidação do Tratado de Petrópolis, que assegura à república da Bolívia, o acesso ao oceano atlântico por território brasileiro, através do porto de Porto Velho, na capital do estado de Rondônia.

Além de facilitar o escoamento da produção nacional rumo ao Pacífico, reduzindo custos logísticos e ampliando a competitividade do agronegócio e da indústria nacional, sob o aspecto social, a obra representa instrumento de inclusão e mobilidade, integrando comunidades fronteiriças, dinamizando o comércio local e gerando empregos. No plano diplomático, consolida compromissos bilaterais firmados entre Brasil e Bolívia.

Fonte Mais Rondônia

Coluna Zona Franca Especial de Sábado

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