Sindicatos de várias categorias paralisaram as atividades nesta quarta-feira (15) em Porto Velho e algumas cidades do interior de Rondônia em protesto contra as reformas da Previdência e Trabalhista, do governo federal. Segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT) no estado, cerca de mil pessoas estiveram na concentração nesta manhã, mas espera-se pelo menos cinco mil pessoas durante a marcha que iniciou na Praça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. A PM não estava no local para estimar a quantidade de pessoas presentes no evento.
Em Porto Velho há paralisação dos servidores da educação municipal e estadual, participação do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), servidores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), metalúrgicos, Eletrobras e Eletronorte.
A CUT lidera o movimento na capital e organizou uma manifestação que começou a se concentrar na Praça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré às 8h30 e uma marcha que saiu do local às 9h55 sem previsão para término. Os manifestantes devem passar pela Avenida Sete de Setembro, Avenida Pinheiro Machado, até chegar a Assembleia Legislativa do Estado (ALE).

Vilhena
Aproximadamente 87% dos funcionários da agência dos Correios de Vilhena (RO), no Cone Sul, paralisaram as atividades nesta quarta-feira (15). Os servidores se reuniram do lado de fora da unidade às 7h30 e ficaram no local até às 11h. Não estão funcionando na agência, a parte operacional e de atendimento.
Os sete postos de saúde da cidade também paralisaram os serviços. De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), as pessoas que estão precisam de atendimento estão sendo encaminhadas para o Hospital Regional, onde o expediente funciona normalmente.

Ariquemes
Escolas da rede estadual e municipal paralisaram as atividades nesta quarta-feira em apoio ao protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência Social. O Sindicato dos Servidores da Educação de Rondônia (Sintero) organizou uma passeata com a presença dos professores pela Avenida Tancredo Neves. A manifestação ainda teve a presença de servidores do Correios e reuniu mais de 300 pessoas.
No município, servidores da Eletrobrás Rondônia também aderiram à paralisação dos trabalhos por 24 horas. De acordo o dirigente sindical, José Mora dos Santos, os trabalhadores ainda protestam pela não privatização da empresa.

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Reformas do governo federal
A reforma da Previdência proposta pelo governo prevê, entre outras coisas, a idade mínima de 65 anos para a aposentadoria. A gestão Temer também apresentou um projeto para mudar a legislação trabalhista. Uma das ideias é permitir que negociações coletivas se sobreponham à lei.
Alexandra Brasil, trabalha como professora há 17 anos na rede municipal de Porto Velho e é contra a reforma. “Primeiramente a gente está em busca de um direito que são de todos os trabalhadores. A reforma vem acabar com tudo que a gente já conquistou. Eu me aposentaria com 60 anos, caso haja as mudanças, só vou me aposentar com 86 anos. É algo que fica inadmissível a gente aceitar”, desabafou a servidora.
