Por Édson Silveira (*)
Mais uma vez, PORTO VELHO brilha… mas é no FUNDO DO POÇO. Segundo o ÍNDICE DE PROGRESSO SOCIAL (IPS) 2025, divulgado em maio deste ano, nossa capital amarga, de novo, o ÚLTIMO LUGAR entre as capitais brasileiras. Isso mesmo, último. Lanterna. Retaguarda. Pior que isso, só o esquecimento. Mas nem isso nos falta, afinal, já fomos esquecidos por tanto tempo que parece até POLÍTICA DE GOVERNO.
Para quem já teve que engolir, por anos, a passividade administrativa de gestões como a do senhor MAURO NAZIF, o resultado não espanta. Afinal, sua passagem pela Prefeitura foi tão marcante quanto uma brisa no deserto. Um governo que deixou a cidade à míngua, enquanto o tempo passava e a população esperava — sentada, cansada e iludida.
Depois, veio o senhor HILDON CHAVES, que prometia modernidade, eficiência, uma gestão empresarial. Empresariou tanto que privatizou até a esperança. Conseguiu transformar o descaso em rotina e a maquiagem urbana em política pública. Reformou umas praças, pintou meio-fio, mas na hora de melhorar de verdade os INDICADORES SOCIAIS, EDUCACIONAIS, AMBIENTAIS e de QUALIDADE DE VIDA, nada. Um mandato decorativo, embalado por discursos bonitos e promessas recicladas.
Agora, chega LÉO MORAES, seis meses no cargo, e, verdade seja dita, encontrou uma cidade DESTROÇADA, LARGADA, MALTRATADA. Um caos disfarçado de capital. Mas, diferente dos anteriores, parece ter tirado o paletó, arregaçado as mangas e ido pra rua. Está andando, ouvindo, mexendo em vespeiros. E isso já é um avanço. Não resolve tudo, claro — os problemas são tantos que talvez não caibam nem em dois mandatos. Mas quem sabe, com muito suor e sola de sapato, seja possível ao menos sair da rabeira e mirar o meio da tabela.
Os números do IPS 2025 não mentem. Porto Velho continua estagnada em praticamente todos os indicadores: SAÚDE precária, EDUCAÇÃO insuficiente, MORADIA deficitária, SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL inexistente. Mas também apontam caminhos — e aí está a chave. LÉO MORAES tem em mãos um raio-X do que precisa ser feito. E tem algo que os outros pareciam não ter: VONTADE POLÍTICA REAL.
PORTO VELHO não precisa de salvador da pátria, mas precisa urgentemente de um gestor comprometido com a transformação estrutural, não apenas com inaugurações de enfeite para selfie em redes sociais. Que Léo não se iluda com as armadilhas da política miúda e dos arranjos de gabinete. Que siga no passo certo — firme, pé no chão e olho nos indicadores.
A capital mais rica da AMAZÔNIA LEGAL não pode continuar sendo a campeã da pobreza urbana. E embora o cenário ainda seja de terra arrasada, há uma fagulha de esperança. Que Léo a transforme em fogo. PORTO VELHO precisa — e merece — sair da escuridão.
(*) Édson Silveira – Advogado, administrador, professor e vice-presidente estadual do PT/RO