O prefeito de Porto Velho, Mauro Nazif, foi o entrevistado do programa Bate Papo da Rede Tv, na quinta-feira, 17 de setembro. Ele falou sobre o início da sua gestão, obras que estão acontecendo em várias localidades de Porto Velho e sobre os impostos. O entrevistador indagou sobre as dificuldades iniciais e a forma como Mauro Nazif busca conduzir a administração da capital. “Pegamos uma gestão inativa. Pois, antes da eleição era um processo e após a eleição tiveram muitos fatos novos que acabaram culminando na prisão de muitos gestores antigos e isso nos desestabilizou no início. Tenho um tempo na carreira política e este mandato de prefeito foi um aprendizado. E estamos tendo um equilíbrio para lidar com isso. No início fui muito questionado e criticado, mas entendo que primeiro precisamos acreditar em Deus e depois saber onde queremos chegar. Eu poderia tomar atitudes que teriam soluções rápidas mais que poderiam afundar ainda mais a administração. Então, optamos por um processo correto e definitivo. Arrumando a casa de forma que pudéssemos nos anos subsequente deixar uma cidade mais estruturada”, afirma Mauro Nazif. –
Avanços
Nazif falou ao jornalista sobre o crescimento na administração. Tivemos a graça de não termos endemias e estamos trabalhando forte com as moradias do programa Minha Casa Minha Vida. Além disso, tivemos também um reajuste grande no salário dos servidores. Nossos professores recebem a maior remuneração do Estado, mas ainda não é o ideal. E ainda oferecemos o instituto de saúde. Todos os pagamentos dos fornecedores estão em dias.
Fui convidado a dar uma palestra em Belém do Pará para prefeitos e para mostrar como estamos conseguindo tocar tantas obras com recursos próprios. E isso sem aumentar preço de alvarás e IPTU. Não fiz reajuste algum estamos trabalhando com recursos próprios sem aumentar impostos, comentou.
Além disso, o prefeito anunciou que Porto Velho alcançou o índices de maior implemento de ISS e ICMS o que demonstra o crescimento. “Porto Velho tinha 21% de repasse de ICMS agora neste ano estamos em 24% e vamos para 27% devido diversas ações que estamos realizando”, declarou.
Obras
Mauro explicou que comprou cerca de 200 máquinas com recursos próprios e ainda está investindo em obras, sem recursos das usinas ou do PAC, porém utilizando recursos como a nota fiscal eletrônica. “Gastávamos com aluguel de máquinas. Preferimos comprá-las para executar as obras, com um ano de aluguel poderíamos ter aquele equipamento. Valeu a pena ter feito essa aquisição. Ainda em parceria com o Estado, entramos com os implementos e o governo entra com a usina de asfalto e maquinário para reforçar nossas ações”, acrescenta.
Coletivos
A respeito do transporte coletivo urbano, Mauro Nazif contou que o que culminou a caducidade foi, principalmente, a insatisfação dos serviços oferecidos aos 102 mil usuários que utilizam os ônibus diariamente. “E somado ao fato que há dez anos as empresas não pagam o Imposto Sobre Serviço decretamos a caducidade do contrato e lutamos para que as pessoas tenham um serviço de qualidade. O pleito das empresas era a majoração da tarifa de ônibus. Não aceitamos e hoje temos a tarifa mais barata das capitais” disse ele. Nazif anunciou que a nova empresa deve iniciar seus serviços em outubro. Teremos uma mudança significativamente no transporte com a transição da nova empresa”, contou.
Rodoviária
Respondendo a pergunta de um telespectador sobre o projeto da rodoviária. Mauro Nazif esclarece que a Assembleia Legislativa, em 2007 aprovou um projeto de lei em que as rodoviárias passariam a ser administradas pelo Estado. Se a prefeitura fizer a manutenção da mesma cometerá uma improbidade administrativa. Já procurei o governo para que possamos ter alteração na lei para a prefeitura ter esta responsabilidade. O Estado ainda não apresentou nenhum projeto. A rodoviária não é da nossa competência”, explicou.
Nazif finalizou lembrando que o melhor ano de sua administração foi 2013. “Pois fiz uma série de intervenções que se se não tivesse feito hoje estaríamos com sérios problemas na administração”, finalizou.
Por Rebeca Barca | Fotos Frank Néry