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quarta-feira, dezembro 11, 2024

RAPAZ QUE ACIONOU ROJÃO, NÃO TEM PERFIL DE ATIVISTA: É POBRE, NÃO ESTUDA

Um rebelde sem causa que vai pagar caro pelo crime
Um rebelde sem causa que vai pagar caro pelo crime

O “ativista Caio Silva de Souza, 22 anos, foi preso na Bahia e já está no Rio de Janeiro. Em entrevista à Globo, ele admitiu ter acendido um rojão durante manifestação contra o aumento do preço do ônibus, na quinta-feira (6), no Centro do Rio.

O perfil de Caio não é de um ativista, muito menos, de um terrorista. Mas, vai pagar caro pelo crime. Na verdade, ele é uma das vítimas do incitamento à violência.  Caio não é universitário e nem é ligado a grupos políticos. Não é nada, a não ser um rebelde sem causa.

O advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende Caio e Fábio Raposo (suspeitos de envolvimento na morte do cinegrafista Santiago Andrade), disse nesta quarta-feira (12) na Cidade da Polícia que alguns manifestantes recebiam dinheiro de organizações — que não foram reveladas — para irem aos protestos e convocarem outros jovens às manifestações no Rio de Janeiro, dentre eles o próprio Caio.

Ainda segundo Jonas, Caio recebia um salário mínimo e grande parte do dinheiro seria utilizado para pagar o aluguel da casa da mãe. Embora tenha dito que isto não eximiria a culpa do rapaz, relacionou a condição “miserável” com o crime.

A mãe de Caio,  Marilene Mendonça, de 49 anos, disse que a morte do cinegrafista Santiago Andrade durante a manifestação da última quinta-feira não passou de um acidente. Em sua casa no município de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Marilene contou ao Globo que ele confessou ter segurado o rojão que atingiu a vítima — mas que negou ter feito o lançamento do artefato.

— Ele me disse: “Mãe, foi um acidente. A gente só usa a bomba para fazer barulho e assustar a polícia. Nunca tive a intenção de jogar em ninguém”. Meu filho sempre me avisa quando vai nas passeatas, porque quer ajudar a baixar o preço das passagens de ônibus. Ele usa ônibus para ir ao trabalho. Como a passagem diminuiu da outra vez, ele se achou um herói junto com os outros. Ele se sente o defensor dos pobres. Eu pedia para ele não ir, mas ele não me ouvia — contou Marilene, lembrando que o filho estava chorando.

Com informações de O Globo/G1

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