Lucas Pedrosa Maidana tem 12 anos, vive na Capital de Rondônia, Porto Velho, e espera vencer um dos seus maiores desafios: o de encontrar uma medula compatível e poder continuar lutando pela vida. Na família de Lucas ninguém foi compatível e ele trava uma luta para vencer o câncer (leucemia) e fazer o transplante de medula o mais rápido possível. As chances de encontrar um doador compatível são raras, chegando uma em cem mil.
Para diminuir essa distância, o Governo de Rondônia, por meio do hemocentro, está empenhado para ampliar o cadastro voluntário de medula óssea. Rondônia se prepara para Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, que ocorrerá de 14 a 21 de dezembro. A Semana faz parte da Lei nº 11.930, de 22 de Abril de 2009, chamada de Lei Pietro, criado pelo deputado federal do Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, que perdeu o filho Pietro, de 19 anos, em fevereiro de 2009, vítima de leucemia mielóide aguda.

A Lei que foi criada para ampliar o cadastro de doadores de medula, contribui na luta de pacientes como o Lucas, que está cadastrado no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (REREME), um sistema criado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), com o objetivo de agilizar a busca de um doador. O médico poderá acompanhar e até facilitar a busca de um possível doador compatível. Os familiares devem perguntar ao médico se o registro do paciente já foi feito no REREME e se o profissional tiver alguma dificuldade na hora do registro, basta enviar um e-mail para o [email protected] e receberá todo o apoio no processo.
É de extrema importância o paciente estar no REREME, só assim ele poderá ter chance de encontrar um doador que está no Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME), criado para registrar informações de possíveis doadores de medula. É para o REDOME que vão todas as informações básicas de identificação e especialidades, como características genéticas. Quando o paciente não encontrou um doador aparentado, é feito uma busca no REDOME para que possa encontrar um doador compatível e a doação seja feita.

A rondoniense Elza Boaro tem 34 anos, faz parte do cadastro do Redome e há um ano salvou a vida do advogado mineiro, Gabriel Massote. E parece que essa rondoniense veio mesmo para salvar vidas. Sua medula deu compatibilidade com mais um paciente que luta para viver. Elza fez o seu cadastro sem saber ao certo como era o processo. Segundo ela, o objetivo era salvar vidas e levou mais uma amiga para ampliar o cadastro de medula. Elza não parou por aí e todos os dias convoca familiares e amigos para fazer parte dessa corrente do bem.
Para quem quer salvar vidas, o cenário pode ser mudado se houver um aumento no cadastro voluntário de medula óssea. O processo do cadastro é rápido. Primeiro você preenche um formulário, logo após é colhida uma pequena amostra de sangue, que passará por um exame de histocompatibilidade (HLA), que identificará as características genéticas que irão influenciar o transplante, para que depois seja incluso no cadastro. Qualquer pessoa com idade entre 18 e 54 anos e boa saúde poderá fazer o cadastro no hemocentro mais próximo. Em Porto Velho, fica localizado na Avenida Jorge Teixeira ao lado do Hospital de Base. Mais informações pelo telefone: 0800-642-5744.
Fonte
Texto: Lú Braga
Fotos: Arquivo pessoal