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sábado, outubro 18, 2025

Salários pagos a quem não trabalha: Polícia descobre esquema na ALE-RO

Um esquema de corrupção dentro da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta sexta-feira (17). Segundo as investigações, um grupo criminoso usava cargos comissionados falsos para desviar dinheiro público.

De acordo com a polícia, pessoas eram oficialmente nomeadas como assessores parlamentares e recebiam salários todos os meses. No entanto, esses servidores nunca apareciam para trabalhar na Assembleia. Na prática, continuavam atuando em outras atividades fora do serviço público, enquanto os salários eram pagos normalmente.

Além dos salários pagos indevidamente, os servidores fantasmas também eram instruídos a fazer empréstimos consignados de valores altos. Segundo a Polícia Civil, o dinheiro desses empréstimos era rapidamente repassado entre os membros do grupo criminoso, funcionando como uma estratégia para lavar os recursos desviados dos cofres públicos.

O principal suspeito de liderar o esquema é um servidor da própria Assembleia Legislativa, apontado como responsável por recrutar os envolvidos, organizar as ações e coordenar toda a operação criminosa. A Justiça autorizou a prisão preventiva dele na manhã desta sexta-feira (17).

A Polícia Civil não divulgou os nomes dos investigados. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em oito locais, incluindo a sede da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO). Três servidores foram afastados de suas funções por 90 dias e estão proibidos de entrar em repartições públicas ou de ter contato com testemunhas e vítimas.

Em nota, a ALE-RO informou que está acompanhando a operação e que vai instaurar um processo de sindicância interna para apurar os fatos e adotar as providências cabíveis, caso sejam constatadas irregularidades.

O nome da operação “Ouro de Areia” faz referência à falsa aparência de legalidade criada pelo grupo.

Com informações do g1

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