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quinta-feira, novembro 6, 2025

Samuel Costa responsabiliza Estado e ausência paterna pelo avanço do crime entre jovens: “A culpa não é das mães, é do abandono”

Porto Velho (RO) – O pré-candidato ao governo de Rondônia, Samuel Costa (REDE), fez uma declaração contundente sobre as causas sociais que levam jovens a ingressarem no crime organizado. Em entrevista recente, Costa afirmou que a culpa não deve ser atribuída às mães solo, mas sim às estruturas de desigualdade e abandono promovidas pelo Estado e pela negligência paterna.

A culpa dos jovens irem para o crime organizado não é das mães! A culpa não é da mãe, é do abandono. Os culpados são o racismo estrutural, a falta de políticas públicas, a negligência masculina e a ausência de responsabilização dos homens que abandonam seus filhos”, declarou o pré-candidato.

Samuel Costa destacou que as mulheres brasileiras sustentam uma das maiores cargas sociais do país, especialmente as mães solo. Segundo ele, cerca de 16,5% dos lares brasileiros são monoparentais, formados por mães e filhos. Desse total, 80% são chefiados exclusivamente por mulheres, muitas delas vivendo em condições de extrema vulnerabilidade.

“Outros dados mostram que 70% dessas mulheres sobrevivem com apenas um salário mínimo e 90% criam seus filhos sozinhas. São mães abandonadas pelo Estado e pelos pais irresponsáveis dessas crianças e adolescentes”, enfatizou.

De acordo com registros de 2023, mais de 170 mil crianças foram registradas sem o nome do pai no Brasil. Para Costa, esse dado evidencia o que ele chama de “aborto paterno”, uma forma silenciosa de abandono que raramente é debatida nas políticas públicas.

“Essas mulheres não fizeram filhos sozinhas. No entanto, vemos políticos defendendo um patriarcado machista que atribui a culpa exclusivamente às mães, mulheres que, na maioria das vezes, se submetem a trabalhos precários e análogos à escravidão para oferecer o mínimo de dignidade aos seus filhos”, concluiu.

Com a fala, Samuel Costa busca colocar no centro do debate político a responsabilidade compartilhada e o papel do Estado na proteção das famílias vulneráveis. O pré-candidato tem defendido pautas voltadas à justiça social, igualdade de gênero e fortalecimento das políticas públicas de apoio à infância e à maternidade solo, temas que, segundo ele, são indispensáveis para romper o ciclo de exclusão e violência que atinge os jovens brasileiros.

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