32 C
Porto Velho
sábado, setembro 6, 2025

Sid Orleans retorna ao PT: O necessário caminho de volta

Por Sid Orleans (*)

Na política, como na vida, somos levados a experimentar momentos e situações novas em intervalos de tempo associados à agenda eleitoral. Ao contrário de minha vontade pessoal, vivi isso mais vezes do que gostaria. Mas, não fugi à minha coerência ideológica e menos ainda aos meus princípios éticos e morais quando tive que fazer mudanças em minha filiação partidária. Foi assim com o PODEMOS, o menos próximo do que penso sobre programa partidário mas o aceite veio atendendo ao pedido de um amigo querido, e com o Cidadania, com o qual eu tinha muita afinidade política.

Em ambos vivi momentos delicados nas eleições que disputei. É sabido que concorri, nas duas, sob judice, me defendendo de situações criadas que nunca existiram, acusações sem provas, processos frágeis, em que a pressa em me condenar era evidente. O resultado foi a minha inocência definitiva declarada pelo Tribunal de Contas do Estado – TCE, incluindo o direito ao ressarcimento dos pagamentos de multas e acordos decorrentes de tais condenações. A minha consciência e convicção sempre foram estas.

O momento é outro. O País é outro. A vida em sociedade é outra. O ambiente político nos desafia mais. Não há mais espaço para o meio termo, a dubiedade, o mais ou menos, o deixa está para ver como é que fica, o Maria vai com as outras. O verbo a ser conjugado agora é ou não é. A polarização política advinda com as eleições de 2018 não se limita ao nível federal. A sociedade não mora em Brasília. A nossa, em particular, mora em Porto Velho e nos outros 51 municípios do estado de Rondônia. Mesmo não morando em Brasília, as decisões que vêm de lá nos agride tão ou mais que as tomadas pelos governos estadual e municipais.

É neste clima de ebulição política (polarização), econômica (fome, desemprego) e social (pandemia, negacionismo, violência) que vislumbro a minha volta ao PT. As eleições de 2022 serão as mais importantes no pós redemocratização do País. Estarão em jogo dois modelos de governo antagônicos, bem distintos nas suas visões de mundo e de tratar pessoas.

De um lado, os que defendem a morte, a violência, a fome, a não-vacinação, o morrer por morrer, a depreciação da mulher, o menosprezo ao negro, o estimulo ao trabalho escravo, a destruição do SUS, a falta de transparência, a privatização precária do que é público, o desprezo pelos pobres, pela cultura e pela democracia.

Mesmo que apenas um destes elementos fosse verdadeiro, já seria o bastante para combatermos este modelo de governo com todas as nossas forças. Aceitar que estão reunidos em um mesmo governo, então, é impossível.

Por outro lado, há um projeto de governo em que “os pobres estarão no Orçamento”, em que a gasolina não será dolarizada, os alimentos serão acessíveis a todos como direito, no qual a milícia será combatida com rigor, cujas empresas nacionais serão valorizadas, a transparência uma obrigação e o SUS fortalecido.

Voltar ao PT para ajudar a construir este País com Lula e as forças políticas que pensam iguais a mim e a ele, é um passo, um convite, feitos já tantas vezes pela ex senadora Fátima, pelo companheiro Lhano e pelo Ramon Cujuí, Presidente do Partido – que estou bem perto de aceitar. O PT de Rondônia abre os braços para mim e certamente, também, para você que lê este texto agora e que acha a vida, do jeito que está, um sofrimento sem fim e injusto para quem trabalha e produz. Se não mudarmos esta realidade nas próximas eleições, o pior virá.

Como podem ver, o meu possível e quase certo retorno ao PT é destino. É luta. É compromisso com você, com toda a sociedade de Rondonia, com o maior presidente de todos os tempos para todos os brasileiros: Luiz Inácio Lula da Silva. Falta Pouco.

   (*) Servidor público, enfermeiro, ex-secretário Municipal de Saúde e ex-vereador por dois mandatos.

Últimas

- Publicidade -

Relacionadas