Por Roberto Kuppê (*)
Eleições 2026
A sucessão estadual em Rondônia poderá dar uma reviravolta nos próximos dias com definições de algumas candidaturas. Uma delas diz respeito à candidatura do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), que, não deverá disputar o governo e sim ao Senado Federal.
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Segundo fontes, Máximo deve apoiar a reeleição do atual vice-governador Sérgio Gonçalves (União Brasil) que, ao lado do irmão Júnior Gonçalves, mantém o comando do União Brasil em Rondônia. O governador Marcos Rocha (União Brasil) deverá sair ao Senado Federal por outro partido.
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O MDB que faz parte do Movimento Caminhada Esperança, tem um nome ao governo mantido em segredo, por enquanto. Nessa configuração, o senador Marcos Rogério (PL), disputaria o governo, deixando o senador Confúcio Moura (MDB) com grandes chances de se reeleger ao lado de Silvia Cristina (PP). Nesse contexto, Marcos Rocha corre sério risco de ficar sem mandato eletivo.
Jogo pesado
Em sendo assim, a disputa pelo Senado Federal tornar-se-á uma guerra de foice no escuro. Imagina só: Confúcio Moura, Silvia Cristina, Fernando Máximo, Acir Gurgacz, Marcos Rocha, Neidinha Suruí (Rede) e Bruno Bolsonaro Scheid!
Jogo maneiro
Já ao governo de Rondônia, a disputa nos parece tranquila: Hildon Chaves (PSDB), Sérgio Gonçalves, Marcos Rogério, Adailton Fúria (PSD), Samuel Costa (Rede) e Ricardo Frota (Novo).
Desgaste com CPMI
Como quase sempre ocorre com eventos de grande impacto na opinião pública, o Congresso tenta assumir um papel de protagonismo diante dos grandes problemas nacionais. Na esteira da operação policial que deixou mais de 120 mortos no Rio na última semana, o Senado instala na manhã de hoje a CPI do Crime Organizado. Oficialmente, a missão é mapear a estrutura e a expansão de facções e milícias no país — incluindo o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), mas a expectativa é de que a CPI seja mais um palco de disputas acirradas entre governo e oposição. O senador Otto Alencar (PSD-BA), o mais antigo entre os indicados para o colegiado, conduzirá a abertura dos trabalhos. O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), autor do requerimento que deu origem à CPI, deve assumir a relatoria — consenso informal já construído entre líderes. Ao todo, serão 11 senadores titulares e 11 suplentes, com prazo inicial de 120 dias para investigar o modus operandi das organizações criminosas, suas fontes de financiamento e seu avanço territorial. (g1)
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O Palácio do Planalto avalia que a CPI do Crime Organizado pode representar um desgaste maior para o governo Lula do que a CPMI que investiga irregularidades em descontos de aposentados e pensionistas do INSS. O temor no governo é de que a oposição use o tema da segurança pública como principal bandeira política até as eleições de 2026. Nos bastidores, petistas admitem preocupação: a avaliação é que, se o debate público ficar restrito à segurança, o governo tende a perder terreno na narrativa, já que historicamente o tema favorece a direita. Observando essas fotos, é fácil identificar quem incentiva a criminalidade no Brasil. (CNN Brasil)
Castro é a favor da intervenção dos EUA
Engraçado o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). É contra a PEC da Segurança, é contra a intervenção federal na segurança pública (GLO), mas é a favor da intervenção dos Estados Unidos. Na foto, Cláudio Castro com TH Joias, deputado estadual do PL-RJ, maior fornecedor de armas para traficantes do Rio de Janeiro. Está preso! Em 8 de setembro, a 1ª Seção Especializada do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) decidiu, por unanimidade, manter a prisão preventiva do ex-deputado. Segundo a investigação, TH Jóias fazia lavagem de dinheiro e vivia em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca (RJ).
Resposta ao STF
Enquanto a oposição e o Planalto se preparam para uma batalha no Senado, o governo do Rio de Janeiro enviou sua resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a megaoperação realizada na capital fluminense há uma semana. No documento, a gestão de Cláudio Castro (PL) afirma que o “nível de força” empregado pelas forças de segurança foi “compatível” com as ameaças enfrentadas durante a ação. O relator da ADPF das Favelas, ministro Alexandre de Moraes, esteve no Rio nesta segunda-feira e se encontrou pessoalmente com o governador. (Metrópoles)
Julgamento antecipado
A Primeira Turma do STF antecipou do dia 21 para o próximo dia 14 o início do julgamento do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por crime de coação. Segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República, o parlamentar e o blogueiro Paulo Figueiredo atuam nos Estados Unidos para constranger o Judiciário Brasileiro e impedir a condenação de envolvido na trama golpista de 2022. (CNN Brasil)
O delator
Enquanto isso, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma das figuras centrais nas investigações sobre a trama golpista, deu um passo simbólico na sua lenta transição de delator a réu em liberdade vigiada. A tornozeleira eletrônica que controlava seus movimentos foi retirada, após o STF concluir seu julgamento e fixar a pena definitiva de dois anos de prisão em regime aberto. Cid segue proibido de deixar sua residência à noite e nos fins de semana, não pode usar redes sociais, portar armas ou manter contato com investigados e condenados no mesmo caso. (g1)
Trump em campanha
Donald Trump entrou na campanha para as eleições municipais de hoje em Nova York e o fez a seu modo truculento. Em postagem na sua rede Truth Social, o presidente ameaçou cortar recursos federais para a cidade caso o candidato democrata e assumidamente socialista Zohran Mamdani seja eleito. “Se o candidato comunista Mamdani vencer, é muito improvável que eu contribua com fundos federais, além do mínimo obrigatório, para minha amada primeira cidade”, escreveu. O democrata, que enfrenta resistência na cúpula do próprio partido, lidera as pesquisas à frente do ex-governador Andrew Cuomo, que concorre como independente após perder para Mamdani na convenção do Partido Democrata. Com o republicano Curtis Sliwa muito atrás na disputa, Trump declarou publicamente apoio a Cuomo. (Guardian)
GLO em Belém do Pará
O governo federal publicou no Diário Oficial da União desta segunda-feira o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Belém do Pará durante a realização da COP30, que ocorre entre 10 e 21 de novembro. A medida dá poder de polícia às Forças Armadas até o dia 23, podendo prender ou abordar cidadãos em atividades consideradas suspeitas, incluindo ações de segurança nas usinas hidrelétricas de Belo Monte, em Altamira, e de Tucuruí. A GLO havia sido solicitada pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB). (UOL)
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De acordo com o texto, a GLO também serve para a Cúpula de Líderes, que acontece nesta quinta e sexta-feira. A Ação prevê 8 mil militares na capital paraense em locais onde são realizados serviços essenciais, como portos, subestações de energia e o Aeroporto Internacional Val-de-Cans, além do perímetro externo de segurança do Parque da Cidade, onde serão instalados os pavilhões da Green Zone e da Blue Zone da Cúpula do Clima da ONU. (CNN Brasil)
Trump não vai à COP30
O presidente americano Donald Trump, além de não ir para Belém, não vai enviar representantes de alto nível para a COP30, disse um funcionário da Casa Branca às agências de notícias AFP e Reuters, em condição de anonimato. A ausência de Trump já era aguardada, mas esperava-se que alguma delegação fosse enviada para as negociações técnicas. Apesar de ser um país de enorme relevância, a ausência americana é interpretada como positiva por analistas. Por ser baseada em consenso entre os países, a presença de Trump ou seus representantes poderia travar negociações sobre metas e financiamento de ações climáticas. (g1)
Redução de gases do efeito estufa
O Brasil teve a segunda maior redução nas emissões de gases do efeito estufa de 2023 para 2024, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), projeto independente que monitora as emissões brasileiras com alto detalhamento. Foram 2,15 bilhões de toneladas de CO2 emitidos em 2024 contra 2,58 bilhões no ano anterior, uma queda de 16,7%. A redução foi a mais acentuada desde 2009, puxada pelo combate ao desmatamento, enquanto outros setores, como agropecuária, indústria e energia, ficaram estáveis ou tiveram aumentos. (Globo)
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Apesar dos números positivos nas emissões de gases, o recuo não será suficiente para o país atingir sua meta climática de 2025. A promessa do governo brasileiro em relação ao Acordo de Paris era de limitar as emissões líquidas a 1,32 tonelada em 2025. Mas o SEEG estima que o país termine o ano lançando 1,44 tonelada na atmosfera, ultrapassando a meta em 9%. Os pesquisadores afirmam que o governo Lula não conseguiu recuperar o aumento da poluição na administração de Jair Bolsonaro entre 2019 e 2022. (Folha)
Breakfast
Por hoje é só. Este é o breakfast, o seu primeiro gole de notícias. Uma seleção com os temas de destaque da política em Rondônia e do Brasil.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político, com informações do Canal Meio
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