Na terça-feira, 21, centenas de estudantes e professores da UniverCidade e da Gama Filho fizeram manifestação no centro no Rio reivindicando a revogação do descredenciamento das duas instituições e a intervenção do MEC. O deputado Robson Leite participou do ato e ressaltou seu apoio à luta.
“Enquanto os estudantes foram absurdamente presos em Brasília, os donos da Galileo continuam soltos. A força da mobilização do movimento estudantil é que vai dizer um não bem sonoro pro MEC”, afirmou o deputado Robson Leite, repudiando a ação truculenta da polícia contra os estudantes acampados em Brasília.
“Queremos intervenção, não queremos descredenciamento, nem transferência assistida. Queremos uma solução: intervenção ou federelização, que atenda aos interesses dos alunos, pais e professores”, completou Robson ao participar da passeata.
Com muita disposição de luta, os manifestantes percorreram a Avenida Presidente Vargas entoando palavras de ordem contra a transferência “desassistida” e contra o descredenciamento da Gama Filho e da UniverCidade.
A proposta de transferência do MEC ”aloja” os estudantes em lotes, como se fossem mercadoria, repassando-os a outras instituições particulares. Neste processo, não há garantia aos alunos de que não irão se deparar com os mesmos problemas em suas futuras faculdades – isto é, se conseguirem suas transferências.
Aliás, vale ressaltar que a Educação não é mercadoria e toda essa crise deve-se a visão mercadológica do ensino no Brasil.
É preciso regulamentar o ensino superior privado no Brasil e dar mais autonomia de intervenção ao MEC, como defendeu o relator da CPI das Universidades Privadas, Robson Leite, em artigo publicado no jornal “O Globo”.
A intervenção – e não o descredenciamento – é a resposta mais adequada e rápida para solucionar a crise, respeitando, em primeiro lugar, os direitos dos estudantes, professores, funcionários e pais.