“Eu agora sou mais um ‘eleitor’ de Padre Ton” afirmou o presidente nacional do PT, Rui Falcão, durante o 16º Encontro estadual do PT, realizado neste sábado (17), no Clube Ipiranga na Capital. A frase de efeito foi pronunciada durante o discurso para os aproximadamente seiscentos filiados reunidos; sendo que o dirigente nacional da legenda elogiou o documento que já havia sido aprovado para tática eleitoral, no qual se estabelece que a prioridade é a reeleição da presidenta Dilma, mas também deixa claro opção unânime do partido em Rondônia pela candidatura própria e não acena com qualquer possibilidade de aliança com o PMDB no primeiro turno.
Antes de sua fala, Rui Falcão ouviu vários oradores se revezando em discursos que empolgaram a militância, ao defender a candidatura própria e manifestar a recusa de subir no palanque do PMDB; lembrando que há dois anos houve um rompimento com o governo Confúcio e o PT passou a ser oposição. A disposição da militância de defender o nome de Padre Ton foi tão grande que um filiado foi sonoramente vaiado ao criticar a aliança com o Partido Progressista, posição considerado prejudicial para a proposta de pré-candidatura própria. O representante do PP manifestou que há uma pré-disposição da direção da legenda para caminhar com o PT, mas que será necessário ampliar o diálogo interno para convencer setores do partido; outros representantes partidários também estiveram presentes.
Acompanhavam Rui Falcão o tesoureiro nacional do partido, João Vacari, e o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas. Freitas ressaltou que a Central vai orientar os trabalhadores sobre a importância de defender o projeto de reeleição da presidenta Dilma; alertando para o risco que representa o retorno ao poder do projeto que governou anteriormente o país e mantinha o salário mínimo abaixo de US$ 100 dólares, desemprego na casa dos 13% e não tinha as políticas públicas voltadas para a maioria do povo criadas por Lula e Dilma. Falou também da importância de se eleger parlamentares comprometidos com os interesses dos trabalhadores, para impedir ataques como o da atual tentativa de aprovação no Congresso Nacional da PL-4330 da terceirização.
Por deferência de Rui Falcão, que seria o último orador, Padre Ton foi o último a falar e relatou o recente processo de reorganização do PT em Rondônia, que resultou em uma unidade interna jamais alcançada em anos anteriores. Padre Ton foi firme ao repudiar a postura de dirigentes de outros partidos, já demonstrando desespero diante da derrota iminente, que querem mandar no PT de Rondônia e ficam espalhando noticias falsas sobre uma suposta desistência da candidatura própria e apoio do partido. “O PT em todo Estado está unido em torno da candidatura própria ao governo e a militância não se vende e não se rende”, finalizou Padre Ton.