Demagogo
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO), que se elegeu flndo Luladrão, teria usado recursos públicos da Câmara dos Deputados para financiar uma escola de inglês e uma loja de roupas em Goiânia. As informações foram divulgadas pela Polícia Federal (PF) em investigação contra o parlamentar. Segundo as investigações, o bolsonarista, que se declara defensor dos valores conservadores, usava a cota parlamentar para manter a escola Gustavo Gayer Language e a loja Desfazueli, registrada em nome de seu filho. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (25).
Boulos e Marçal
Nesta sexta-feira ao meio-dia, Guilherme Boulos (PSOL) participa de uma live com o empresário Pablo Marçal (PRTB), em um movimento de campanha considerado por muitos mais decisivo e arriscado que o próprio debate final na Globo, marcado para as 22h. Ricardo Nunes, que recusou o convite de Marçal, lidera as pesquisas com relativa segurança e evita eventos que possam comprometer sua posição. Já Boulos escolheu o risco calculado, acreditando que o potencial retorno vale o perigo envolvido. Um membro de destaque na campanha de Boulos explicou a lógica por trás dessa decisão arriscada: “A chance de dar certo é maior do que de dar errado. Temos a estatística a nosso favor”, disse ele. “80% dos eleitores do Marçal estão com Nunes, 8% com Boulos e 12% já foram para o voto nulo. Será que vamos perder mais do que esses 8%? Já no universo de 80%, podemos ganhar algum.”
Só 2 dias
Antes de começar a votação, no dia da eleição, a urna eletrônica de cada seção eleitoral emite um documento informando que não existe voto registrado no equipamento. Essa espécie de relatório se chama zerésima e sua impressão é autorizada pelo presidente da mesa receptora de votos, após a inicialização da urna. O procedimento está previsto na Resolução TSE nº 23.611/2019.
Debate
E hoje é o grande dia, do tudo ou nada. É grande a expctativa em torno do debate da TV RO, o último do segundo turno. Tanto Mariana Carvalho (UB) quanto Léo Moraes (Podemos) estão afiadíssimos, treinados e fatais. Risos. Haja coração. O evento será mediado pelo jornalista Júlio Mosquera, da Globo Brasília. As regras do debate foram informadas aos participantes no dia 9 de outubro, em uma reunião com os representantes dos candidatos na Rede Amazônica, em Porto Velho. Com apenas dois candidatos na disputa, se algum deles faltar ao debate, a dinâmica do programa muda e se torna uma entrevista de 25 minutos com o candidato que estiver presente. Os temas das perguntas serão os mesmos que seriam usados nos blocos de temas determinados. Os candidatos poderão se movimentar livremente pelo cenário enquanto expõem suas ideias e se cumprimentar com um aperto de mão no início e no fim do debate, mas não podem se tocar durante o programa.
Clima pesado
Nos bastidores o clima está pesado em Porto Velho. Tensão e corações a mil por minuto. Também não é por menos. Está em jogo, além da prefeitura de Porto Velho, o governo do estado, a futura composição da ALE-RO e Congresso Nacional. O chamado Índice CNN, divulgado nesta quinta-feira (24) pela CNN Brasil mostra o crescimento do candidato de Léo Moraes, no 2º turno, nos votos válidos: no dia 06 de outubro, Léo saltou de 41% para 55 pontos percentuais, na última quarta-feira (23), enquanto a candidata de Hildon Chaves oscilou de 59 para 45%.
Tudo pode acontecer
Nada está perdido, nada está ganho. A coluna costuma analisar friamente os números. O empate técnico deve prevalecer. Embora o favoritismo agora esteja com Léo Moraes, a candidata Mariana está correndo atrás e conseguindo apoios importantes. Depois do debate de hoje, amanhã será divulgada a última pesuisa Quaest, que costuma acertar. O que sair, é o que vai ser.
(*) Roberto Kuppê é jornalista e articulista político
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