Continuando com nossas entrevistas, hoje trazemos o guajaramirense Francimar Chaves Levino, professor da rede pública estadual, lotado no Colégio Tiradentes e na escola municipal de Porto Velho “João Afro-Vila Princesa”. Ele é católico e filiado ao Partido dos Trabalhadores. E tem bom gosto: torce pelo Corinthians! Também tem bom gosto musical. Seu cantor preferido é Renato Russo e a música “Andrea Doria”. Francimar, como todo bom professor, é sonhador. Ele sonha que um dia a educação vai abrir as portas para todos, para que todos possam crescer como verdadeiros cidadãos. Professor sonhador, que acredita que a educação é a porta que deve se abrir a porta para todos, para que todos possam crescer como cidadãos conscientes, críticos, humanos e responsáveis. É dele esta frase: “Um passo gigantesco damos quando reconhecemos, nas pequenas coisas, os mais sublimes encantos que suas magnitudes existenciais podem nos oferecer”.
+RO:-Como você vê o governo Dilma e o que achou do governo Lula no ponto de vista político e social?
Francimar: – O governo Dilma é inequivocamente não intransigente às questões-chaves:
sociedade emergente; educação; segurança; transporte e infraestrutura e se
posiciona mais aberto que muitos outros governos atuais. Já o governo do
presidente lula foi mais contundente, porque forçou uma elite corruptora a
estipular critérios de maneira franca, aberta para licitações e formações
de lobbies e apoio maciço e irrestrito à educação científica, quando abre
novas universidades e fomenta o crescimento humano-científico. São essas
linhas de governo que puderam trazer o plano social acima da falida
orgânica neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, ou seja, começou a acabar
de vez a presença de fatores de pobreza e, ao mesmo tempo, pode apontar o
ganho social e intelectual daquele que era considerado pobre.
+RO:- Como você vê o governo Confúcio Moura? Nota de zero a 10.
Francimar:- Nota 6,5 (seis e meio).
+RO:- Como você vê a administração Mauro Nazif? Nota de zero a 10.
Francimar:- Nota 5 (cinco).
+RO:- Como Você a atuação da Assembleia Legislativa? Nota de zero a 10.
Francimar:- Nota 6 (seis).
+RO:- Como você vê a atuação da Câmara dos Vereadores? Nota de zero a 10.
Francimar: – Nota 5 (cinco).
+RO:- Copa do Mundo! O Brasil deve ser campeão? Por quê?
Francimar:- Sim. Porque tem a torcida a seu favor e é um momento histórico afinado com
o que o povo – o bom brasileiro quer – ser um herói-campeão!
+RO:- Futebol regional. Por que o nosso futebol não vai para frente? Falta o quê?
Francimar: – Falta diretrizes (falta de visão) e de simples gerência. Já temos duas
usinas e um parque industrial. Temos jogadores bons. Falta um pouco de
vergonha na cara, também.
+RO:- Em sua opinião, quais deputados federais mais se destacaram? Por quê?
Francimar: – Anselmo de Jesus e Padre Ton (os dois trabalham com os pés no chão) e com
políticas que se aproximam com as necessidades do povo mais carente.
+RO:- Em sua opinião, qual dos senadores mais se destacou? Por quê?
Francimar: – Valdir Raupp; pelo empenho positivo em querer o melhor para o estado.
+RO:- Diga o nome de um candidato ao governo de sua preferência. Por quê?
Francimar: – Padre Ton. Porque parece ser um nome que traz a possibilidade de melhorias
nas questões sociais.
+RO:- Em sua opinião, Rondônia tem liderança política nata ou ainda vai se
consolidar politicamente como Amazonas, Acre, Pará, etc?
Francimar: – Rondônia parece um samba de crioulo doido. Não creio que teremos um futuro
seguro em nossas ‘vielas’ políticas. É uma eterna briga entre cutubas e
pele-curtas. Arrisco dizer que os cutubas estão concentrados de Vilhena
até Ariquemes; e os peles curtas no restante do estado.
+RO:- O que você acha da criminalidade que assola o País, em especial Rondônia?
Francimar: – Falta identidade social desde o nascimento. O sujeito tem em seu
registro de nascimento pai desconhecido; a presença de falsos juízos de
valores na música, nas mídias televisivas, em pessoas de espírito
negativo. Atrelado a tudo isso, uma economia desigual, de valores
econômicos desiguais e a uma via de manipulação da saúde, educação e
segurança por parte de políticos corruptos.
+RO:- Como você vê o projeto de se aplicar 75% do royalty do petróleo em educação?
Francimar: – Necessário. O salário de todo professor brasileiro deveria ser a soma das
rendas municipais (%), estaduais (%) e federais (%), na totalidade da Nação
(em igual sintonia ao policial rodoviário federal), quando, pelas
‘realidades’ econômicas de cada estado, o teto seria de R$ 7.500,00, e, a
partir daí, um exame a cada dois anos acompanharia o ‘enquadramento’ deste
servidor da educação. Em concomitância a isso, todos os servidores da
educação seriam também ‘enquadrados’ nesta situação.
+RO:- Lei das cotas raciais para ingresso em concurso público e universidades.
É contra ou a favor?
Francimar: – A favor.
+RO:- Bolsa Família. É um bom programa social? Por quê?
Francimar: – Sim porque o pobre tem possibilidade de sair desse quadro de insegurança social.
+RO:- Em sua opinião, Rondônia tem cultura? Os eventos culturais estão a
contento?
Francimar: – O povo que forma Rondônia é um povo peculiar. Ainda não tem uma ‘identidade
cultural pronta’, mas está em formação. Um dos caminhos é o teatro e as
festas de bois-bumbás.
+RO:- Como você vê a chegada (finalmente) do Teatro Estadual que inaugura em
abril?
Francimar: – Uma oportunidade de o povo se encontrar em sua nova fronteira cultural.
+RO:- Que personalidade de mundo cultural (já falecido) deveria dar nome ao
teatro estadual?
Francimar: – Teatro Manelão. (Manelão, carnavalesco, fundador da Banda do Vai Quem Quer).
+RO: – Como você vê nome de escolas públicas homenageando familiares de
políticos corruptos?
Francimar: – Deveriam ser sumariamente retiradas. Corrupto é bandido.
+RO:- O Programa Mais Médico, do governo federal, foi uma boa iniciativa do
Governo Federal?
Francimar: – Acredito que foi a única forma mais acertada de os pacientes
geograficamente desamparados de assistência médica terem a oportunidade
real de ter acesso à saúde (no modo mais amplo).
+RO:- Como você vê atuação liberal do Papa Francisco? É uma nova era da
religião católica?
Francimar: – Acredito que seja uma responsabilidade: o Papa nos traz ao chão os temas
mais emergentes e retira a dúvida de seu posicionamento como pastor, ou seja, falar
o necessário e mais fiel aos ensinamentos de Deus.
+RO:- Você é contra ou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Por
quê?
Francimar: – Considero importante o termo ajustar. A sociedade moderna precisa de
‘ajustes’ constantes. Se as relações héteras precisam de ajustes, por que
não as não-héteras?