Em Porto Velho, o rio Madeira não dá trégua e já chega perto dos 19,70 metros acima do nível, o equivalente a um prédio de sete andares. E a chuva volumosa que atingiu o centro-sul de Rondônia nas últimas 48 horas provocou o transbordamento do rio Riozinho, que corta o distrito de mesmo nome, no município de Cacoal.
De acordo com a Defesa Civil, pelo menos 30 famílias ficaram desalojadas, onde a água invadiu as casas provocando prejuízos.
Neste sábado (29), o nível dos rios Machado, Pirarara e Tamarupá que cortam Cacoal ainda estavam bastante elevados, com sinais de um novo transbordamento, principalmente o rio Machado que está recebendo muita água de Pimenta Bueno, que vive uma das maiores enchentes da história do município.
Pimenta Bueno
A chuva também elevou o nível dos principais rios e afluentes que cortam o município de Pimenta Bueno, no centro-sul do estado.
Como o maior e principal rio da região, o Machado, também está transbordando desde Pimenta Bueno até Ji-Paraná, no centro do estado, não houve tempo hábil para vazão e por isso, o chamado “repiquete” assolou Pimenta Bueno nas últimas 48 horas.
Na manhã deste sábado (29), centenas de famílias realizavam às pressas a retirada de móveis e eletrodomésticos de suas residências, além de automóveis devido à rápida elevação do nível dos dois principais rios que juntos formam o Machado, o Pimenta Bueno e o Barão de Melgaço.
Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e a sociedade em geral, com a ajuda do poder público, desde a noite de ontem já estavam retirando seus pertences através de caminhões. O número de desalojados e desabrigados, até às 10 horas (local) ainda não havia sido divulgado.
Dados de estações telemétricas operadas pelo Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) do Serviço Geológico do Brasil e Agência Nacional de Águas (ANA) indicaram nível do rio Machado de 7,22 metros, acima da cota de alerta para enchente que é de 5,78 metros e de 5,31 metros do rio Comemoração, cuja cota de alerta é de 4,85 metros.
Moradores mais antigos de Pimenta Bueno, que nunca tiveram suas casas inundadas, neste sábado foram atingidos pela enchente e remontam a história que desde 1986 não se via uma enchente de tamanha proporção.
Fonte: Maisro com CPRM/ANA e de Olho no Tempo