Estar no governo, no mandato, dá ao candidato certa tranquilidade numa disputa pela reeleição. Tranquilidade financeira, de mídia, de super exposição, de aparato, de pessoal, enfim, tudo conspira a favor do candidato à reeleição. Isso faz com que os adversários, pretendentes ao cargo, planejem-se mais, preparem-se mais, ataquem mais, muito mais.
O candidato Expedito Júnior (PSDB), por exemplo, vem se preparando há pelo menos uma década para esta campanha. Tentou em 2010, mas, como estava ficha suja, foi impedido pelo TRE. Agora está livre, leve e solto. Está uma águia, em busca do alimento para os filhotes. E que filhotes famintos, hein?
Por outro lado, Jaqueline Cassol (PR), irmã do terrível e temido senador Ivo Cassol (PP), dono de um estilo nada democrático de se lidar com política eleitoral. Como um trator, ele vem derrubando todos os obstáculos que vê pela frente para eleger a querida irmã que já assimilou o estilo bateu levou.
Já o candidato Padre Ton (PT) não deve assustar o atual inquilino do Palácio Rio Madeira. A candidatura dele marcha devagar, aqui e ali, à sombra da preferida do povo para presidente, a magnânima Dilma Rousseff. Padre Ton deve figurar no quarto lugar nestas eleições. Mas, o apoio dele a um dos dois que vão ao segundo turno é importante.
Dito isto, não se vê águas tranquilas para o governador Confúcio Moura (PMDB). Jaqueline Cassol e Expedito Júnior não estão para brincadeiras. E ele sabe disso. A coordenação sabe disso. Os aliados sabem disso. Há apenas 40 dias das eleições, os quatro candidatos melhores colocados nas pesquisas devem intensificar as campanhas. Sem vacilos. Porque gol contra compromete a conquista de um campeonato.